Sem ônibus em Manaus e com pouca motivação no interior, eleição pode ter abstenção alta. Quem ganha, quem perde? Portal transmite

Em 2016, o povo se aglomerou no TRE-AM, em busca de regularização eleitoral para votar, e a abstenção foi baixa

A eleição suplementar no Amazonas pode atingir uma abstenção recorde. Enquanto na eleição para prefeito, ano passado, os que não compareceram para votar na capital foram apenas 9,50% desta vez, com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) de dispensar a gratuidade no transporte coletivo, a motivação tende a cair. Isso pode mexer no resultado da eleição suplementar para governador do Amazonas.

A eleição suplementar também estreia a novidade da biometria, quando o eleitor registra a digital num leitor para votar, em vários Municípios.

O portal entrou em contato com juízes de diversos Municípios, que vão presidir o pleito, e todos se mostram preocupados: a motivação está baixa, o cadastramento biométrico foi fraco. Alguns chegam a falar em abstenção próxima de 40%.

O curto tempo de campanha e as distâncias continentais do Amazonas também contribuíram para diminuir o alcance dos eleitores pelos candidatos. Daí a concentração da campanha na capital, que é uma tendência natural, ter aumentado ainda mais. A audiência do programa eleitoral gratuito, para piorar, foi baixa – o que pode ser avaliado pela repercussão quase nula nas redes sociais.

Abstenção alta pode prejudicar o candidato Eduardo Braga, que tem melhor desempenho no interior que na capital, e está numa batalha ponto por ponto com Rebecca Garcia pela vaga no 2º Turno. Ele vence no interior, mas está em curva de queda na capital, onde a adversária experimenta o melhor desempenho.

Amazonino Mendes, que descolou dos dois adversários mais próximos, segundo as pesquisas cadastradas no TRE-AM, espera agora pela batalha do 2º Turno.

Cabe aqui uma reflexão: não se reclama tanto pela “falta de democracia?” E da imposição da vontade dos políticos? E de que as autoridades estão se lixando para a população? E que os problemas mais prementes não são resolvidos a contento pelas autoridades? Ora, isso tudo deriva da participação da sociedade no processo eleitoral e da qualidade do voto. Abstenção alta é sinônimo de crescimento do analfabetismo político, muitas vezes escondido no biombo do “são todos iguais”. Que cidadão viraria as costas e, diante da decisão sobre quem iria administrar R$ 18 bilhões nos próximos 15 meses, diria: “Escolhe aí por mim?” Pois é o que fará quem não votar amanhã, uma vez que o governador eleito na eleição suplementar administrará esse valor, que corresponde ao orçamento anual do Estado do Amazonas. Vote, portanto.

Este portal vai transmitir a eleição, das 8h às 12h e das 16h até o anúncio e as entrevistas dos eleitos.

Nossa equipe é a mais completa:

Narração

Marcos Santos

 

Comentários

Gilson Gil, doutor em Ciências Sociais e professor da Ufam;

Wilson Nogueira, jornalista, ex-diretor de A Crítica, Em Tempo e Diário do AM, professor de pós-graduação de Comunicação na Ufam.

 

Reportagens

Cláudia do Vale

Arthemisa Gadelha

Aguinaldo Oliveira

David Batista

 

Produção

Tereza Cidade

Yndira Assayag

 

Internet

Vitor Calderaro, Anselmo Calderaro e equipe da Clic Web Solutions.

 

Produtora

Toré

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1 comentário

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  1. Francisco tussolini disse:

    Ola Marcos, bela cobertura das eleições. Estou acompanhando por aqui. Portal confiável! Tussolini