Amazonas será grande teste de eleições após reforma eleitoral. Presidente do TSE acompanhará turnos

Ministro e presidente do TSE, Gilmar Mendes, virá a Manaus nos dias 6 e 27 de agosto, para acompanhar a eleição de governador do Estado, inédita no Brasil no formato de pleito suplementar. Foto: Divulgação TRE-AM

Com uma média de 35 mil pessoas envolvidas na operação para realizar a eleição suplementar para o Governo do Amazonas, que levará às urnas mais de 2,3 milhões de eleitores, o pleito servirá de modelo e case de sucesso para o Brasil, segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes.

Gilmar Mendes esteve ontem em Manaus acompanhando os preparativos de logística, operação e estrutura do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), que estão 95% prontos e em processo. E o ministro já agendou mais duas viagens para a capital, onde acompanhará o primeiro turno, no dia 6 de agosto, e o segundo, no dia 27 de agosto.

Institucionalmente, o interesse nesta eleição se dá por duas grandes peculiares para o TSE: será a primeira suplementar para escolher um novo governador, fato inédito no Brasil; e será um pleito já com o formato definido na mini reforma eleitoral de 2015, que colocará em prática a legislação aplicada em cassação de mandato de governador.

“Expressei minha satisfação e meus agradecimentos ao presidente e desembargador Yedo Simões, do TRE-AM, pelo magnífico trabalho. É um experimento institucional que envolve a aplicação de um modelo sempre em evolução, e agora de fazer eleição direta, e não mais indireta ou substituição pelo segundo colocado”, disse o ministro.

Ele considera que a Justiça Eleitoral está bem preparada, com seus servidores e dirigentes realizando um “verdadeiro mutirão para este pleito, que tem as peculiaridades do Estado do Amazonas, em razão de sua dimensão, das dificuldades de deslocamento e de logísticas próprias da região”, comentou o ministro.

Votação

No dia do pleito, 6 de agosto, o TRE-AM espera, até às 18h, ter 80% dos votos do Amazonas já totalizados. A informação é do diretor geral do órgão, Messias Andrade. Chegar aos 100% pode depender de urnas de comunidades mais afastadas, mas que não devem interferir no resultado final.

“Nossa preocupação é trazer os técnicos de transmissão com segurança para as sedes e ter um número mais consolidado por volta das 20h”, explicou o diretor.

E para reduzir um possível aumento no número de abstenções, também em razão do pouco tempo de campanha e das idas e vindas com suspensão da mesma, o TRE tem trabalhado uma campanha nas redes sociais e na TV, uma peça publicitária, chamando o eleitor para exercer a cidadania e o voto.

O comercial institucional traz uma mensagem de que o voto é um exercício de esperança. Nele, o presidente do tribunal, desembargador Yedo Simões, convida o eleitor a comparecer às urnas para, “juntos, escrever a história”.

Quanto à abstenção, no pleito passado Manaus ficou com índice de 9,50%, na escolha do prefeito. Em 2014, para o Governo do Estado, o número chegou a 22,6%. Mas o índice de abstenção, mesmo em números elevados, não provoca a realização de novo processo eleitoral por falta de amparo legal. “Imaginamos até uma abstenção alta, mas em razão de muitos eleitores nem terem conhecimento de que haverá eleição”, disse Messias.

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *