Suspeito de mandar matar o PM Portilho, “Filé” é preso em Caracaraí, em Roraima

Bruno Medeiros Mota, o “Filé”, foi capturado em Roraima neste sábado, em ação integrada com órgãos de segurança do Amazonas. Foto: Divulgação PC

Suspeito de ser o mandante da morte do soldado da PM Paulo Sérgio da Silva Portilho, 34, Bruno Medeiros Mota, o “Filé”, foi preso neste sábado (24), no Município de Caracaraí, em Roraima. Ele estava foragido e a Polícia Civil do Amazonas coordenou uma ação integrada entre a Divisão de Inteligência e Caputura (Dicap) roraimense, a Polícia Federal, Polícia Militar e a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) para realizar sua captura. Segundo informações ainda extraoficiais, “Filé” deve ser transferido para Manaus na segunda-feira.

Portilho foi agredido e esfaqueado pelo menos 13 vezes antes de ser enterrado em uma cova na periferia de Manaus, na invasão Buritizal Verde, zona Norte. Seu corpo foi encontrado no dia 30 de maio, depois dele ter desaparecido no dia 26.

Denúncias anônimas levaram a polícia a encontrar o esconderijo de “Filé”, que é natural de Roraima e tem família na região. Com a ação integrada, foi possível sua prisão. A Polícia Civil não informou detalhes da transferência de Bruno para Manaus.

Segundo imagens divulgadas pela polícia, Bruno ainda assinou um Termo de Declaração de Integrante de Organização Criminosa, confirmando ter nascido em Boa Vista e com residência no conjunto Viver Melhor III, na capital amazonense. Conforme o termo, “Filé” integra a facção Família do Norte desde 2012 e não poderia ficar nos presídios de Roraima, que, segundo seu testemunho escrito de próprio punho, são dominados pelo PCC, facção rival a sua.

Um morador da invasão Buritizal Verde foi peça fundamental para os investigadores do homicídio do soldado chegarem aos responsáveis pelo crime. Para fazer denúncias, a população pode ligar para o 190 ou 181.

O crime

O PM Portilho foi à invasão por volta das 21h30 do dia 26 de maio, procurando informações sobre como poderia comprar um lote de terra no local. Quando entrou no local, ainda no asfalto, foi abordado e reconhecido como PM pela camisa que usava.

Narcotráfico

O Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) também está nas investigações e, conforme o delegado Guilherme Torres, a invasão Buritizal Verde é comandada pelo narcotraficante João Branco.

O delegado conta que moradores do Buritizal pagam água e luz para as facções criminosas, que marcam portas como se fossem donos das terras. A invasão na zona Norte já passou por duas reintegrações de posse, sendo a última de setembro de 2016, pois a área também é de preservação ambiental.

A polícia, com ajuda de uma testemunha, conseguiu identificar pelo menos seis envolvidos no crime

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *