Deputada acusa irmão do governador e ex-comandante da PM pela morte de militante e se diz ameaçada

A deputada Alessandra Campêlo disse que após ter acesso ao relatório policial recebeu ameaças. Foto: Arquivo

Por Gabriel Machado

O irmão do governador José Melo, Evandro Melo, e o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Marcus James Frota Lobato, estariam envolvidos no assassinato do estudante Alexandre Ferreira, em fevereiro do ano passado. O relatório policial foi apresentado pela deputada estadual Alessandra Campêlo (PMDB), que afirma estar sendo ameaçada após ter acesso a essas informações.

Veja aqui o relatório policial apresentado pela deputada

O documento apresentado pela deputada é referente ao assassinado do militante político e estudante Alexandre Ferreira, que aconteceu em fevereiro de 2016. Ela acredita que o jovem tenha sido morto por estar envolvido em um protesto contra o atual governador.

“Através de documentação do próprio processo e de depoimentos, tive acesso a fato de que há três pedidos de autorização para investigar o irmão do governador, Evandro Melo, e o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Frota. Eles estariam envolvidos no mando deste assassinato”, completa a deputada.

O relatório da Polícia Civil mostra que os acusados pelo crime – Ildecler Ponce Leão, Tiago Nascimento e Carlos Henrique da Silva – relataram encontros com Evandro e Frota. “Pelo que consta no documento, a vítima [Alexandre] estava envolvido no protesto contra o governador, no qual foram distribuídos panfletos em forma de dinheiro com o rosto de José Melo. O caso ganhou inclusive repercussão nacional. O governo não perdoou e pediu uma vasta investigação sobre a manifestação”, afirmou Alessandra.

Conforme a deputada, o governo teria chegado até Alexandre e o obrigado a dizer que todo o protesto foi uma armação. “Esse crime também envolve o tráfico de drogas, pois foi relatado que o coronel Frota teria mandado colocar um quilo de cocaína dentro da bolsa do estudante. A droga, no entanto, nunca foi encontrada, porque o Alexandre chegou em casa antes que a viatura da polícia conseguisse achá-lo”, conta Alessandra.

Ameaças

De acordo com a deputada, carros com placas frias chegaram a segui-la desde que teve acesso ao relatório policial. “A polícia e o Ministério Público já têm o nome dessas pessoas [que a estariam ameaçando]. Fui avisada que estava mexendo com coisas pesadas e que eu deveria ter mais cuidado, pois não ando com segurança”, disse Alessandra.

Alessandra Campêlo afirmou que já procurou o Ministério Público Federal e o procurador de Justiça do Estado, Fábio Monteiro, para relatar as ameaças.

 

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2 comentários

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  1. Plínio Mendes disse:

    2018 chegando com eleições e reeleições, e parlamentares medíocres querendo aparecer na mídia. Vá trabalhar Dep. Alessandra!…o povo está de olho!

  2. Rosenilde das Dores s.Najar disse:

    Querendo aparecer Alessandra Campeão Dr. Evarejo Melo não mata umas mosca.