Contrato com Umanizzare no Compaj está vencido e governador pede força federal para segurança nos presídios

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O número de mortos na tarde do dia 01/01 só é superado, na história penitenciária nacional, pelos 111 do Carandiru, em São Paulo

O Governo do Amazonas pediu ao Ministério da Justiça que envie ao Estado, para conter a crise no sistema penitenciário, agentes da Força Integrada de Atuação no Sistema Penitenciário, que pertence ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O contrato com a empresa Umanizzare, terceirizada para administrar o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), principal foco dos problemas, terminou no dia 1º de dezembro do ano passado.

A crise começou com 60 assassinatos cruéis e centenas de fugitivos, dia 01/01, numa guerra entre as facções criminosas Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Desdobramento em toda a região, prometido em carta atribuída ao PCC, teria sido responsável pela rebelião com 30 mortes em penitenciária de Boa Vista (RR), ontem (06/01).

A Umanizzare, porém, emitiu nota explicando suas atribuições no contrato com o Governo do Amazonas, negando responsabilidade pela segurança nos presídios. O governador José Melo, num primeiro momento, recusou ajuda policial federal para o Estado. Ele havia anunciado o uso da Polícia Militar dentro dos presídios, mas, documento elaborado pelos 12 membros do Ministério Público Estadual do Amazonas (MPE-AM), integrantes do Grupo de Enfrentamento da Crise do Sistema Prisional, o informou de que esse recurso foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O grupo do MPE-AM é coordenado pelo procurador de Justiça e corregedor da instituição, José Roque Marques. Os 12 consolidaram sugestões, em reunião de trabalho que encerrou por volta de meia-noite de hoje (07/01). Clique aqui para ler, na íntegra, o documento do MPE-AM ao governador José Melo, inteiramente acatado e com várias medidas já em andamento:

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1 comentário

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  1. Eudos disse:

    Olá Marcos e leitores!
    Que triste início de ano para o nosso querido Amazonas e Brasil. A coisa parece que tá mesmo solta. Além da crise agora essa onda de selvageria. Por falar em crise, esse troço além das mortes está revelando muitas coisas que estavam escondidas. Já levou também empregos de figurões e, agora que parece pode consumir os dos agentes penitenciário. Isto tudo sem falar nas inúmeras movimentações das autoridades responsáveis do Brasil e até e exterior. E o que dizer das atrapalhadas, das declarações que custaram o empregos de muitos. (Ah isso ainda vai dar muito pano pra manga! Até lá pelos tantos anos vai se ouvir muito sobre isso, quem viver até lá vai comprovar o que estou falando. E o que dizer das redes sociais? Das verdades nuas e cruas que se publicam ali? E também das mentiras escabrosas que circulam nesses espaços enganando trouxas? E os desdobramentos políticos, administrativos, jurídicos que isso tudo produzira só Deus sabe onde tudo isso vai dar. Até outro dia amigos!