Entenda o processo da eleição para o presidente da Assembleia Legislativa que pensa até em eleger governador

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Bosco (esquerda), Zé Ricardo, Sidney e David estão na disputa. David, candidato de José Melo, é o favorito

A disputa na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, nesta quinta (22/12), se deve à importância que o presidente da casa ganhou, após o governador José Melo, milagrosamente, ultrapassar o primeiro biênio à frente do Estado. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não julgou o recurso dele contra a cassação do mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). Daí que David Almeida, líder e candidato de Melo, Bosco Saraiva, Sidney Leite e até Zé Ricardo Wendling têm possibilidades, até o último momento, de levar o pleito. Veja as chances de cada um.

 

David Almeida

É o favorito. Reúne 11 votos fechados dos 24 deputados estaduais. Precisa só de mais dois para alcançar a conta da vitória e, se Bosco Saraiva não for candidato de oposição, tem a garantia dos votos do prefeito eleito de Parintins, Bi Garcia, e do ex-prefeito de Manaus Serafim Correa.

 

Bosco Saraiva

Também tem 11 votos, mas depende agora de uma prévia que teria sido idealizada pelo grupo do senador Eduardo Braga, à frente a deputada estadual Alessandra Campelo. Se vingar um nome do PMDB, o grupo jogará no colo de David Almeida os dois votos de que precisa para se eleger. Se tiver o nome confirmado, as chances de contar com Serafim, Bi Garcia e até do deputado Luiz Castro são grandes, o que lhe daria a vitória. Ganha, em caso de empate, porque é mais velho que o candidato governista.

 

Sidney Leite

A tal prévia dentro do grupo de oposição teria sido feita para beneficiá-lo, uma vez que Bosco Saraiva insiste em permanecer na disputa. Tanto ele quanto Saraiva, porém, podem ser atropelados por um terceiro nome da oposição, no caso do PMDB.

 

Zé Ricardo Wendler

O deputado Zé Ricardo Wendling conta apenas com o voto de cabresto do colega Luiz Castro, que o tem seguido em todas as votações. Mas a dupla, solitária na oposição mais ferrenha do Legislativo amazonense, pode se desfazer para derrotar o candidato de José Melo, David Almeida, com Castro votando em Bosco Saraiva. Tudo indica que Wendling naufragará sozinho.

 

Eleição indireta se Melo cair

Aliados de José Melo estouraram mais cedo o champanhe de Ano Novo, quando a última sessão do TSE transcorreu sem julgamento da cassação do governador. Comemoram, além da permanência do chefe, o princípio do biênio, na legislação eleitoral, pelo qual, transcorridos dois anos de mandato do titular de cargo executivo, uma nova eleição será feita para substituí-lo e não mais se dará a posse automática do segundo colocado. Na prática: se Melo cair em 2017 a Assembleia Legislativa, ou seja, os 24 deputados estaduais, é que elegeriam o governador. É essa possibilidade que torna tão acirrada a disputa pela presidência do Legislativo Estadual.

 

Braga assume

A outra corrente, ligada ao senador Eduardo Braga, afirma que o TSE pode sim dar posse ao segundo colocado em 2014, se cassar José Melo. A suprema corte eleitoral cassou o então governador do Maranhão, Jackson Lago, e seu vice, Luís Carlos Porto, no dia 16/04/2009 – já no segundo biênio -, para dar posse a Roseana Sarney. Se mantiver o entendimento, cassado Melo, a corte chama Braga.

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1 comentário

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  1. Alexis Uchôa disse:

    Essa eleição para presidente da Assembleia legislativa do Amazonas, no meu pensamento ja deveria o corre em duas situações, primeira eleger o candidato mais votado perante os funcionários da assembléia, Segundo ou aquele que obteve mais voto no pleito Estadual, eu penso assim, Ass: Alexis Uchôa.