Imunização contra Influenza deve ser reforçada anualmente, alerta especialista

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O Amazonas registrou 34 casos confirmados de Influenza A H1N1, com sete mortes, no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). A doença, que não teve registro no estado em 2015, tem preocupado a população. A médica Amanda Alecrim, diretora da Clínica Vacinar, alerta que a imunização contra a Influenza deve ser feita anualmente e que, somente dessa forma, será possível reduzir as chances de surtos e a evolução para a forma mais grave da enfermidade.

Idosos, gestantes, crianças e pessoas com comprometimento da saúde (portadores de doença respiratória ou cardíaca, obesidade, diabetes, trissomias, deficiência da imunidade, entre outras) são os grupos mais suscetíveis a complicações da Influenza e, por isso, não devem deixar de se vacinar, conforme a médica. “A vacinação evita que você adoeça e também que transmita o vírus, o que aumenta a proteção para todos. Desta forma todos devem ser vacinados. A complicação mais frequente e também a principal causa de morte é a pneumonia”, observa.

A médica explica que a gripe é causada por mais de um tipo de vírus Influenza, classificados como A e B, e cada um possui subtipos. Associados ao tipo A, os que circulam entre humanos são: H1N1 e H3N2. Os vírus tipo B são classificados como de linhagens Victoria e Yamagata. Na rede privada, a vacina disponível, o ano inteiro, é a quadrivalente, que protege contra todos esses tipos citados de vírus. Na rede pública, a imunização, que é ofertada durante período de campanha nacional, confere proteção à população contra três tipos de vírus – os dois do tipo A e, no caso do tipo B, há variação, conforme a temporada da campanha. “A inserção das duas linhagens de vírus B na composição da vacina tetravalente aumenta de forma considerável sua efetividade”, reforça a diretora da Vacinar.

Indicada a partir dos 6 meses de idade, a vacina contra Influenza deve ser repetida anualmente, pois pode haver mudanças dos vírus prevalentes para cada ano, segundo Amanda Alecrim. Além da vacinação, são formas de se prevenir contra a doença: manter as mãos higienizadas; cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, ter boa alimentação e evitar lugares aglomerados em períodos de surto.

A época do ano mais favorável à transmissão dos vírus Influenza, de acordo com a médica, é o período que antecede os meses mais frios – de janeiro a abril –, mas isso não é uma regra. “É importantíssimo ressaltar que o surto deste ano ocorreu bem antes da chegada dos meses mais frios. Por isso, devemos estar sempre imunizados”, destaca.

Sintomas e transmissão            

O período de transmissão da gripe começa 24 horas antes dos sintomas e dura de cinco a dez dias após o seu surgimento. Em crianças e pessoas com imunidade comprometida, esse período pode ser superior a dez dias.

A gripe tem início súbito. Sintomas como febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, dores no corpo, perda de apetite, tosse (em geral seca), dor de garganta e coriza duram cerca de uma semana.

 

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