O Ministério Público Estadual do Amazonas (MPE-AM) vai à Justiça pedir que seja suspensa a venda de ingressos para o jogo Brasil x Colômbia, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O jogo está marcado para o dia 6 de setembro, na Arena da Amazônia, mas o MPE-AM alega que os preços cobrados estão acima dos de outros jogos da Seleção e exige respeito com o torcedor, com a venda de assentos numerados.
Na partida entre Flamengo x Vasco, recorde de público da Arena da Amazônia, os torcedores tiveram que se estapear por lugares, uma vez que foram vendidos mais ingressos que os assentos disponíveis e ninguém tinha lugar garantido. “Meu marido foi levar meu filho ao banheiro e um torcedor quis me bater porque eu estava guardando os lugares para eles”, disse uma torcedora ao portal.
O assento marcado, que permite ao torcedor o conforto de ter onde sentar, mesmo se chegar em cima da hora do jogo ou se precisar levantar, foi uma das conquistas em comodidade para o torcedor na construção do estádio, que custou em torno de R$ 700 milhões. O secretário estadual de Esportes, Fabrício Lima, havia garantido à imprensa e ao MPE-AM que a administração da Arena da Amazônia aproveitaria a numeração de assentos durante os jogos do torneio de futebol da Olimpíada e que, a partir daí, os lugares seriam numerados. Mas isso não está sendo observado para Brasil x Colômbia.
A 51ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa do Consumidor, que tem como titular o procurador Otávio Gomes, vai à Justiça, nesta terça-feira (19/07), em Ação Civil Pública, com pedido de liminar para suspensão da venda dos ingressos. “Várias reclamações e representações foram recebidas por conta dos altos valores cobrados pelos ingressos frente aos preços praticados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em outras capitais”, diz nota do MPE-AM. Em alguns casos, o valor do ingresso cobrado em Manaus chega a ser até 260% mais caro, como é o caso do estádio Castelão, em Fortaleza (CE).
Eis os pontos principais da Ação Civil Pública:
- a) Que determine à ré Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que estabeleça como condições para aplicação de novos reajustes a isonomia dos valores;
- b) Que as vendas dos ingressos fiquem suspensas até a designação de valores compatíveis com os demais Estados;
- c) Que seja estabelecido uma taxa única pela compra realizada na internet;
- d) O Ressarcimento dos valores pagos com preços abusivos;
- e) Requerer que todos os ingressos sejam numerados e que adote providências a fim de garantir que o torcedor/consumidor ocupe o local correspondente ao número constante do ingresso, seja pelo acesso à área através de catracas eletrônicas, conferência pessoal de documentos com fotografia ou qualquer outro meio;
- f) Requer-se, ainda, a total procedência da ação, para que só se torne possível a cobrança, com a comprovação certa pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de que estão sendo adotados os critérios legais na venda dos ingressos.
O procurador falará mais sobre a ação nesta terça, às 9h, na sede do MPE-AM, na avenida Coronel Teixeira, antiga estrada da Ponta Negra, número 7995, auditório Gebes Medeiros.
Veja, abaixo, o quadro comparativo dos preços de ingressos em Fortaleza e em Manaus, em jogo da Seleção Brasileira de Futebol:
Cara, já é difícil de acreditar em “palavra” de político, quanto mais na do nosso secretário de esporte fanfarrão….
Vamos dar um NÃO bem grandes para esses ESCROQUES que estão organizando essse jogo, isso e um verdadeiro ROUBO a população amazonense.
Quero ver se ninguem comprar ate 1 dia antes do se eles não mudar de ideia, não ha justificativa alguma para esse ROUBO.