Mãe dopava filha adolescente e cega para que namorado a estuprasse

casal

Foram presos o técnico de serviços de Internet Rogério Correa de Lima, 32, e uma mulher de 35 anos, denunciados pelo estupro de uma adolescente de 14 anos com deficiência intelectual e visual, filha da acusada.

Os estupros ocorreram nos meses de abril e maio deste ano, na casa de Rogério, situada em um conjunto habitacional no bairro Nova Cidade, zona Norte. De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a garota teria sido dopada todas as vezes em que foi abusada sexualmente pelo namorado da mãe.

“Os estupros ocorreram pelo menos três vezes e a mãe da garota afirmou ter assistido a um dos abusos. A adolescente é muito vulnerável, por apresentar deficiência intelectual severa e visual, além de traços de autismo. Inclusive, o médico nos relatou que a primeira vez que ele tentou realizar o exame de conjunção carnal acabou não conseguindo, por ela ter ficado bastante agitada. Acredito que, por conta disso, os infratores a dopavam, para que ela não dificultasse o ato criminoso”, argumentou a delegada.

Juliana Tuma explicou que os infratores foram presos em cumprimento a mandado de prisão preventiva, expedido na última sexta-feira, dia 8, pelo juiz Genesino Braga Neto, da Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes. Rogério foi preso em via pública, no momento em que iria realizar a instalação de Internet em um estabelecimento no bairro Alvorada, zona Centro-Oeste. A mãe da garota foi presa na casa de um irmão, no núcleo oito do bairro Cidade Nova, zona Norte.

“Rogério disse que conheceu a mãe da garota por conta do trabalho dele. Em março deste ano eles teriam começado a conversar, por meio de mensagens trocadas em um aplicativo de celular, e vinham mantendo, desde então, encontros esporádicos. O registro das mensagens trocadas entre os infratores confirma que a ideia dos abusos partiu da mãe da garota, que ofereceu à Rogério a virgindade da filha”, contou a delegada.

Segundo a Juliana Tuma, as investigações em torno do caso tiveram início no dia 8 de junho deste ano, quando a mãe de um aluno que estuda com a vítima teria visto a infratora encaminhando a Rogério fotos nuas da adolescente. Indignada com o que havia presenciado, a mãe do aluno resolveu procurar a direção da escola e denunciou o fato.

“Em conversas encontradas no celular do casal, ficou comprovada a intenção de Rogério em manter relações sexuais com mãe e filha, com o consentimento da mulher, que deveria proteger a adolescente. Na delegacia, Rogério argumentou que havia desistido de abusar da garota após verificar que ela era deficiente”, afirmou Juliana.

A delegada, porém, declarou que as afirmações do infrator vão contra todas as provas levantadas pela equipe da Depca. “Por meio de avaliações psicológicas, laudo médico e registro das mensagens trocadas entre os infratores, temos provas de que a menina foi dopada e estuprada pelo menos três vezes. Em depoimento a mãe disse que queria satisfazer o namorado e confessou tudo, inclusive que enviava fotos íntimas da filha e dopava a adolescente durante os atos”, exemplificou Tuma.

A adolescente está sendo assistida pelo serviço de acolhimento e pela justiça estadual, que irá definir quem ficará com a guarda dela. A mãe da adolescente será levada para o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) e Rogério será conduzido à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa.

 

 

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