A beleza da Amazônia atravessa o ano. A atratividade também.
Quando o rio está mais seco, a pesca esportiva atrai milhares de pescadores, do mundo inteiro, ainda um pouco perdidos na falta de estrutura e de informações, mas a internet se torna cada vez mais um importante aliado contra o vazio “oficial”. O tucunaré sai dos igapós, alimentando-se nos barrancos e pedrais, tornando-se voraz agressor das iscas artificiais.
Quando o rio enche, como agora, neste mês de julho, revela-se a beleza esplendorosa da floresta inundada. A navegabilidade, que exige pequenos cuidados na vazante, fica perfeita em quase todos os quadrantes. Não tem praia, mas a água ganha mais oxigênio e não tem traço de cauixi. O banho com colete salva-vidas, no meio do rio, é uma conquista a ser compartilhada por todos.
O rio deveria ser um fator a atrair turistas o ano inteiro. Como o verão da Riviera Francesa, com o Festival de Cannes, as praias de Saint-Tropez e o GP de Fórmula 1 em Mônaco. Ou como a primavera na Toscana, Itália, colorindo os girassóis, ou na Provence, França, dando mais frescor e vida aos campos de lavanda. Ou como o outono nos balcões do Douro, Portugal, oferecendo o tom de ouro aos parreirais. Ou, ainda, como o inverno em Gramado, RS, Brasil, embelezando as hortênsias.
Sim, os rios da Amazônia tem beleza e cor para figurar entre as paisagens mais bonitas do planeta.
Os mais abastados lotam as marinas e, nos dias de sol, o rio Negro, nos arredores de Manaus. Os flutuantes do Tarumã vivem lotados.
Falta pouco para estruturar e democratizar o acesso a esse turismo de puro lazer e entretenimento. Basta criar estrutura de segurança e saúde, para as emergências, trabalhando a divulgação, incentivando embarcações de recreio.
É trabalhar a consciência ambiental e disciplinar o uso.
Falta pouco. O resto o rio faz. É só olhar, como está aí para todo mundo ver.
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