Lírio Parisotto, suplente de senador pelo AM, é acusado de agredir a ex-modelo Luiza Brunet

A ex-modelo e atriz Luiza Brunet, 54 anos, a “Madá” da novela “Velho Chico”, afirmou que foi espancada pelo seu companheiro de cinco anos, o empresário Lírio Albino Parisotto, que é suplente do senador Eduardo Braga (PMDB). As revelações foram feitas em entrevista à coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Segundo Luiza, a agressão ocorreu na madrugada do dia 21 de maio, no apartamento dele, no Plaza Residence, em Nova York. A agressão de Lírio teria começado no restaurante onde jantavam com amigos. Ao ser perguntado se o casal iria a uma exposição de fotos, Lírio se exaltou e disse que não iria porque da última vez foi confundido com o ex-marido de Luiza, o empresário argentino Armando Fernandez, com quem teve dois filhos. Ele teria ficado descontrolado e acabaram voltando para o apartamento.

“Fui para Nova York acompanhá-lo para o evento Homem do Ano. Saímos do restaurante e pegamos um Uber. Ao chegar ao apartamento, ele me deixou dentro do carro e subiu”, conta Luiza.

Quando entrou na residência, Lírio já estava de roupão. Ela se se sentou numa poltrona, onde os dois sempre fumavam e paravam para conversar e, segundo Luiza, foi quando ele partiu para cima dela, ofendendo-a verbalmente. Depois, deu um soco em seu olho, seguido de chutes. Luiza diz que ele a derrubou no sofá e a imobilizou violentamente até quebrar quatro costelas dela. Só foi quando ela ameaçou gritar pelo concierge que ele a soltou. Então, ela trancou-se no quarto e só saiu de lá no dia seguinte, após ter certeza de que ele não estava no apartamento, e pegou o primeiro voo direto para o Brasil.

A queixa foi representada no Ministério Público de São Paulo com o laudo de corpo de delito do IML feito por ela.

“Eu sempre tive uma família estruturada e sempre fui discreta em minha vida pessoal. É doloroso aos 54 anos ter que me expor dessa maneira. Mas eu criei coragem, perdi o medo e a vergonha por causa da situação que nós, mulheres, vivemos no Brasil. É um desrespeito em relação à gente. O que mais nos inibe é a vergonha. Há mulheres com necessidade de ficar ao lado do agressor por questões econômicas, porque está acostumada ou mesmo por achar que a relação vai melhorar”, contou à coluna.

O empresário Lírio Parisotto está entre os maiores bilionários do Brasil atual. Ele redirecionou a Videolar, que deixou de ser uma mina de ouro depois que as mídias analógicas (CDs e DVDs) foram substituídas pelas digitais, e agora trabalha no ramo da injeção plástica. Tornou-se também um grande investidor da bolsa de valores.