O panavueiro da morte de Juma. BMW produzirá lançamento mundial na ZFM. A bi-cassação de Melo. Lavajato. E o Festival

coluna-oncaSurgiram novos detalhes sobre a morte da onça Juma. Os cinco militares encarregados da operação perderam o felino de vista, quando se soltou, numa troca de jaulas. Ele correu em direção à trilha usada para caminhada no Círculo Militar de Manaus (Cirman) e foi encontrado entre as árvores. Quatro tiros de tranquilizantes foram disparados e, embora dois tenham atingido o alvo, a onça ainda partiu agressivamente para cima de um tenente. Este tentou recuar, mas tropeçou em uma raiz e caiu de costas, justo no momento em que Juma ameaçava dar o bote. Foi aí que o oficial sacou a pistola 9mm e disparou dois tiros, um dos quais acertou a cabeça e foi fatal.

 

Mosquetão

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O mosquetão, do tipo que falhou na hora da troca de correntes de Juma

Um erro no preparo do mosquetão de uma das correntes usadas para conter Juma, mascote do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS), teria sido o problema que a fez se soltar. O artefato não funcionou e permitiu que o animal, muito rápido, sacudisse o corpo e fosse embora.

 

Homens x animais

Militares se indagam como, com várias vidas humanas perdidas em operações de selva, ao testar o limite físico, o desastre de maior repercussão da história do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) tenha sido a morte de Juma.

 

Argumentos

“Homens decidem se querem ou não estar ali. Animais não têm direito de escolha”, argumentam ambientalistas. “Juma, como muitas outras onças, estaria conosco ou morreria, depois que a mãe foi abatida por caçadores. E, no caso concreto, a opção foi a vida humana ou a de um animal irracional, mesmo sendo muito querido”, devolvem militares.

 

Ipaam

O resultado da necrópsia de Juma foi enviada ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que prometeu emitir parecer nos próximos dias. Tomara que a direção do órgão tenha sabedoria para evitar desfazer a parceria com o Exército, à qual recorre sempre que uma onça precisa de resgate e cuidados.

 

BMW

A alemã BMW vai fabricar em Manaus a moto G 310 R, que será lançada mundialmente a partir do Brasil, com baixa cilindragem e preço a partir de R$ 20 mil. Ela foi revelada no Salão de Milão, ano passado, e tem lançamento previsto para novembro, com vendas em 2017.

 

BMW (2)

A barreira para a moto estaria nas licenças ambientais. Semana passada chegou a tocar o alarme, quando uma publicação especializada falou no prazo de oito meses para o Ipaam conceder a Licença de Operação da fábrica na Zona Franca. O órgão, contatado pelo portal, negou: “A BMW só pediu – e recebeu – a Licença de Instalação. Não tem pedido da Licença de Operação, que permitirá o funcionamento da fábrica”, respondeu a assessoria do órgão.

 

Melo e Nair Blair

É um espanto que José Melo esteja próximo da segunda cassação pelo mesmo caso: a contratação da Ong de Nair Blair para fazer a segurança eletrônica, em Manaus, durante a Copa 2014. Parece que Nair conseguiu a façanha de infringir quase toda a legislação eleitoral. Há outros dois processos baseados no caso a serem julgados no TRE-AM. Além do que já cassou o governador e do suspenso por pedido de vista, onde a bi-cassação está por um fio.

Braga e a Hypermarcas

Primeiro foram Clóvis Peixoto Primo e Rogério Nora de Sá, ex-executivos da Andrade Gutierrez, que disseram ter pago propina aos senadores Eduardo Braga e Omar Aziz (AM). Agora, Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas, afirma que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para repassar a Braga, Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR). A Lavajato está chegando cada vez mais perto.

 

Festival de Parintins

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O desabafo da torcida no Bumbódromo

Começou – e terminou – o Festival Folclórico de Parintins. Não foi o melhor de todos os tempos, mas ninguém diria, vendo o espetáculo no Bumbódromo, que Caprichoso e Garantido tiveram tanta dificuldade em obter recursos para realizá-lo. Basta lembrar que o governador José Melo retirou o apoio do Governo do Amazonas faltando dois meses para a festa.

 

Festival de Parintins (2)

Agora só falta os dirigentes dos dois bumbás resolverem o problema dos jurados. É irracional trabalhar o ano inteiro para construir uma festa e, dias antes, sair pelo País em busca de quem abra mão do seu fim de semana para julgá-la. Aí vão aparecer preguiçosos dando a mesma nota para todo mundo, sem distinguir alhos de bugalhos e prejudicando quem trabalhou mais. Feito isso, o Festival de Parintins não precisará ficar à mercê dos humores de governador nenhum para caminhar.

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1 comentário

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  1. hedel disse:

    Tem coisas mais importantes do que boi em parentins