Chama Olímpica chega a Manaus e é recebida com emoção e festa pela população

TOCHA MANAUS FOTO JOEL ARTHUS

A tocha chegou a Arena da Amazônia nas mãos do professor Valmir Alencar, um dos grandes atletas do esporte amazonense. Foto: Joel Arthus

Dois anos depois de receber a Copa do Mundo, Manaus volta aos holofotes do mundo esportivo com as Olimpíadas Rio 2016. Palco de seis jogos do torneio olímpico de futebol, a capital amazonense começou a vivenciar o espírito olímpico neste domingo (19/06), com a chegada da Tocha Olímpica.

Um dos símbolos mais importantes das Olimpíadas, a tocha iniciou pela capital o trajeto que será percorrido no Estado até esta segunda-feira, incluindo no roteiro passagens por Presidente Figueiredo e Iranduba.Uma grande estrutura foi montada para receber a Tocha Olímpica. Ela desembarcou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, por volta das 8h30, trazido pelo coordenador do revezamento da Tocha Olímpica,  Marco Elias, e recepcionada pelo prefeito Arthur Virgílio Neto e pelo diretor executivo de Operações do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, general Marco Aurélio, além do organizador em Manaus, Bernardo Monteiro de Paula, e no Amazonas, Mário Aufieiro.

De acordo  com o prefeito, a Chama oficializa ainda mais Manaus como cidade Olímpica e traz com ela a esperança de dias melhores.  O prefeito destacou que Manaus lutou muito para ser uma das subsedes das olimpíadas e, após a confirmação, cumpriu, rigorosamente, todos os embargos e exigências feitas pelo Comitê Organizador das Olimpíadas 2016.

“Esse fogo transforma Manaus de vez em uma cidade olímpica e ao mesmo tempo significa a chegada de dias melhores, de juventude forte, velhice respeitada, de maturidade pronta para receber uma Manaus muito mais digna. Essa chama significa emoção e essa emoção significa esperança. É essa esperança que a tocha nos traz e que está na nossa alma, no nosso espírito e vai ficar para sempre no espírito do povo de Manaus”, afirmou o prefeito.

A tocha também começou a maratona dos 39 quilômetros no horário previsto. O primeiro a conduzir a tocha, de bicicleta – para representar o transporte alternativo, foi o sargento da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar (COE), Laércio Estumano, representante da Força Nacional.

A tocha seguiu pelas avenidas Santos Dumont e Torquato Tapajós até chegar na Arena da Amazônia, onde houve a primeira celebração, sob a coordenação do Comitê Organizador Manaus 2016 e da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).

O governador do Amazonas, José Melo, recepcionou a tocha ao lado da primeira-dama do Estado, Edilene Gomes de Oliveira, e do vice-governador do Estado, Henrique Oliveira.

“O espírito olímpico chega em um bom momento. Olimpíadas é um momento de superação, e todos nós brasileiros estamos precisando desse exemplo hoje e contribuir para o Brasil superar as dificuldades. O Amazonas vai dar mais uma vez um bom exemplo, como demos com a Copa do Mundo, onde fomos um dos Estados com melhor performance”, destacou o governador do Amazonas.

Antes da chegada da Tocha Olímpica ao campo da Arena da Amazônia, paraquedistas do Exército Brasileiro deram um show nos ares abrindo caminho para o fogo olímpico.

A tocha chegou a Arena nas mãos do professor Valmir Alencar, ex-presidente da Federação Amazonense de Handebol, que conquistou os títulos de bicampeão brasileiro e campeão sul-americano a frente da equipe amazonense. “Eu estou muito feliz e honrado. Acho que foi o fechamento ideal para tudo aquilo que eu me dediquei ao esporte”, disse ele que, em agosto, estará no Rio de Janeiro, a convite do Comitê Olímpico Rio 2016 para acompanhar os jogos.

EULER FILHO TOCHA

A Tocha Olímpica no centro histórico de Manaus, sendo levada pela médico Euler Filho. Foto: José Roodrigues

Tocha no Mercado - Stephanie Schimit

Público em frente ao Mercado Adolpho Lisboa. Foto: Stephanie Schimit

Centro histórico

Do estádio, ela seguiu para o Centro Histórico, onde a passagem da chama foi carregada de simbolismo, contemplando diversos prédios e monumentos que marcam a identidade da capital amazonense. Em todo o percurso, populares se reuniam para acompanhar o comboio olímpico e eternizar as memórias desse momento especial.

“Quando soube que a tocha chegaria aqui em Manaus, fiquei ansiosa e até sonhei. Apesar de todas as dificuldades que a gente passa nessa vida, o esporte nos dá alegrias. Sou fanática por tudo que valoriza o esporte e vou ficar aqui até conseguir fazer uma foto”, disse a autônoma Val Almeida, de 60 anos, enquanto aguardava a passagem do revezamento na avenida Eduardo Ribeiro.

“É um momento único. Não sei se nas próximas olimpíadas isso vai se repetir. Quis viver esse momento histórico e um dia vou poder contar para os meus descendentes que eu vi a Tocha Olímpica no Amazonas”, completou a jovem Paula Santos Souza.

A Eduardo Ribeiro é uma das principais vias do Centro Histórico e o principal símbolo cultural de Manaus, sediando um dos mais bonitos teatros do mundo – o Teatro Amazonas. Inaugurada no final do século XIX, a avenida se tornou cartão-postal após o início as obras de requalificação histórica realizadas pela Prefeitura de Manaus, devolvendo todo seu charme do período da Belle Époque.

REVEZAMENTO TOCHA

Moradores da avenida Leonardo Malcher, no Centro, fizeram festa pela passagem da tocha. Foto Divulgação

Era por volta das 12h30, quando a chama olímpica chegou ao Paço Municipal. Foi em frente à praça Dom Pedro II que Simplício Campos, paratleta da natação, e Paulinho Avelino, ex-capitão da Seleção Brasileira de Vôlei, fizeram o revezamento da chama.

Clima olímpico

Moradores da avenida Leonardo Malcher instalaram uma grande bandeira na via para aguardar a passagem da tocha. “Estamos desde as 8h da manhã reunidos. Aqui é sempre assim, muita animação, seja Copa ou Olimpíadas, somos Brasil”, brincou a dona de casa Gláucia Farias.

Os turistas também marcarem presença e aproveitaram o momento, como o mexicano Hernando Zertuche. “Viemos de férias e ficamos sabendo que a tocha iria passar por Manaus. Fizemos nossa programação para dedicar todo esse dia só para ver a tocha. Não podíamos perder essa oportunidade de ver bem de perto o Símbolo Olímpico”, disse.

 

 

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