Especialistas vão mostrar as novidades no tratamento de Vitiligo e Doenças Pigmentares em Congresso

Renomados pesquisadores, nacionais e internacionais estarão em Manaus no dia 10 de junho, para participar do XVI Master Class sobre Vitiligo e Doenças Pigmentares.  O evento acontece a partir das 8h30, na Fundação Alfredo da Matta, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Saúde (Susam), sob a organização dos especialistas Prof. Paulo Cunha, de São Paulo, e Prof. Dr. Sinésio Talhari, de Manaus. O congresso terá como tema “Vitiligo e Melasma – novas terapias experimentais”, com ênfase nos novos e velhos desafios de controle da doença.

O Vitiligo é uma doença que acomete 0.5% a 1% da população mundial e provoca a perda da coloração natural da pele. No Brasil, estima-se que 2.9 milhões de pessoas sofram de vitiligo e a sua causa não é totalmente esclarecida. As manchas esbranquiçadas podem se manifestar em várias partes do corpo. Não doem, não coçam e não incomodam o paciente, não apresentando, portanto, nenhum sintoma. Atingem todas as raças e ambos os sexos, em qualquer idade.

O dermatologista Sinésio Talhari, que estará no evento apresentando casos clínicos da doença, aponta que quanto mais cedo o diagnóstico, melhores são os resultados obtidos com o tratamento. Através da terapia é possível controlar a doença e até curar o paciente, fazendo com que as manchas desapareçam totalmente.

“Ainda não se sabe exatamente o que danifica os melanócitos (células que produzem a melanina, o pigmento que dá cor à pele) e leva ao  seu subsequente desaparecimento na pele afetada, deixando manchas brancas. Existem várias maneiras de tratar o vitiligo e as diversas modalidades terapêuticas têm diferentes modos de ação. O tratamento deve ser individualizado”, explica o Dr. Paulo, que é professor e chefe do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí e vice-presidente da Sociedade Internacional de Dermatologia.

O especialista apresentará três palestras durante o evento. Em uma delas ele falará sobre o tratamento com Laser de Dióxido de Carbono (CO2) combinado com Betametasona e Solução de Ácido Salicílico. “Esse tratamento tem se mostrando eficaz naqueles pacientes que não tiveram sucesso com tratamentos clássicos”, comenta.

Ele também irá abordar o uso do Pigmerise no tratamento do Vitiligo. “Pigmerise é um fito complexo natural derivado da pimenta negra, com alta concentração de Piperina. Usada na pele, é capaz de aumentar a formação de melanina e a pigmentação”, informa o pesquisador.

A eficácia do uso da Luz Intensa Pulsada associada ao lazer Q-Swuitched no tratamento para Melasma também fará parte de uma das apresentações do médico. “Publiquei inclusive na Therapeutic Hotline, que é revista internacional, um artigo sobre o assunto e, até o momento, mais de 200 pacientes foram tratados com essa técnica. Tenho obtido bons resultados”, aponta.

Genética X Vitiligo

Outro destaque no XVI Master Class sobre Vitiligo e Doenças Pigmentares será a apresentação do geneticista Marcelo Távora Mira, que é professor titular do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e pesquisador na área de mapeamento genético de doenças complexas – entre elas o vitiligo e a hanseníase -, há mais de 15 anos. Além disso, ele atua como professor visitante em instituições de pesquisa de Manaus há quase sete anos.

O pesquisador irá apontar a hereditariedade como principal fator de risco genético para a suscetibilidade ao Vitiligo. Segundo ele, nos Estados Unidos, por exemplo, uma pesquisa mostrou que 20% dos indivíduos com a doença tinham pelo menos um parente de primeiro grau também afetado. Além disso, outros estudos apontaram que o risco de um indivíduo com um parente de primeiro grau afetado também desenvolver a doença pode ser de 7 a 12 vezes maior.

“O controle genético da doença é complexo, certamente envolvendo vários genes – dos quais conhecemos apenas uma parte, portanto, muito estudo ainda é necessário. Porém, penso que para o futuro, o entendimento destes mecanismos moleculares pode ser crítico para a criação de novas estratégias de tratamento e, quem sabe, prevenção da doença”, destacou geneticista.

Segundo descobertas recentes, o vitiligo compartilha um número interessante de variantes genéticas com outras doenças autoimunes, como a Tireoidite de Hashimoto, Diabetes Mellitus e o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). O especialista explica que isso por um lado sugere que o próprio vitiligo pode ter um componente autoimune importante e talvez uma base molecular comum a todas estas doenças, ou seja, uma vez se entendendo esta base é possível avançar na compreensão de várias doenças ao mesmo tempo.

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11 comentários

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  1. Bianca disse:

    Queridos gostaria de saber quando tera outro congresso sobre o vitiligo…

  2. dilva disse:

    Gostaria de ser curado do vitiligo. No qual ficarei muito grata.

  3. dilva disse:

    Obrigada!

  4. dilva disse:

    Espero por um milagre. Agradeço ajuda

  5. Marili disse:

    Não entendo como pode !!!!!! tenho vitiligo des dos meus 8 anos estou com 50 e ainda não conseguiram a cura …pra mim só tem uma resposta falta de interesse. Já desisti de ler estas baboseiras.?????

    1. Fabiana disse:

      concordo com vc ,só pode ser falta de interesse . Leio tantos artigos que não me dão resposta em nada .

  6. Luzia disse:

    Quero muito tratar essas manchas de vitiligo.Já usei medição antiflamátorio,pomadas,o Melaginina Plus,enfim,tds sem sucesso.E como essa doença ataca a nossa autoestima!
    Sofro muito com isso.Se souberem d algum resultado eficaz,por favor,eu gostaria muito de saber.

  7. Elimar alves disse:

    Tenho 46 anos e há dois anos atrás desenvolvi o vitiligo devido a um processo hormonal descontrolado relacionado a tireoide ectópica. o hormônio já está controlado porém o vitiligo tem avançado. As partes mais afetadas são as partes na qual não pego sol Principalmente as partes íntimas, e axilas.

  8. odete carneiro da silva marques disse:

    Tenho 46 anos, me chamo odete carneiro. adquirir vitiligo aos 14 anos de idade. tinha no pescoço, orelhas desapareceram, tenho apenas nas pernas, tinha no quadril uma mancha grande e esta praticamente pegmentada. Já tomei muita muita mamacadela no chá epassei no local quando mais jovem, nao estou usado nada as paralisou um pouco. vou começar a usar erva de são joão, para ser curada,pois creio que em primeiro lugar a cura vem de Deus. que é o médico dos médicos e o dono da cura.

  9. tenho vitiligo desde os 14 anos estou com 46, sumiu do pescoço e orelhas tenho apenas nas pernas, no quadril que ja esta pigmentando, não estou tomando remedio. vou começar a tomar a erva de sao joão.