‘Sim’ de Alfredo mira Prefeitura e ameaça Marcelo Ramos. ‘Sim’ de Hissa pode levá-lo aos braços de Rotta

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Quadro de candidatos adversários de Arthur Virgílio ainda pode sofrer alterações

A votação do impeachment, com a incrível unanimidade da bancada amazonense, tem desdobramentos na vida política do Amazonas. O deputado federal Alfredo Nascimento (PR-AM), atirou no que viu e acertou o que não viu. Ele votou “sim” para escapar de mais impopularidade e se vingar da presidente Dilma, que o jogou no limbo ao demiti-lo do Ministério dos Transportes. Recebeu muitas manifestações favoráveis e até tapinhas nas costas, coisa não via há muito tempo. Na análise de assessores próximos, “Alfredo está no jogo” e pode até se animar a disputar a Prefeitura de Manaus. Hissa Abrahão vai tentar se defender do processo de expulsão na direção nacional do PDT, partido onde acaba de ser admitido. Se nada der certo e ele for expulso, ficando sem legenda para disputar a Prefeitura, uma vez que o prazo de filiação se esgotou no dia 2 de abril, o parlamentar realizará um sonho do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, de quem é aliado desde a eleição de 2014: vai ser o principal cabo eleitoral do deputado federal Marcos Rotta, candidato à Prefeitura pelo PMDB-AM.

 

Marcelo Ramos

A candidatura do ex-deputado estadual Marcelo Ramos, que está nas ruas pelo PR, pode ser ameaçada pela nova onda trazida com o voto de Alfredo Nascimento? Pode. Alfredo domina a legenda no Estado. Mas vai depender do desempenho que Marcelo obtiver nas pesquisas, principalmente após estrelar a propaganda eleitoral partidária, em exibição nas TVs, inclusive em horário nobre. Se não decolar, o ex-ministro terá todos os argumentos para se apresentar como candidato. Até porque, deputado federal, não precisa renunciar a nada para concorrer à sucessão de Arthur Virgílio.

 

Hissa Abrahão

O anúncio da decisão do PDT sobre a expulsão ou não de Hissa Abrahão não tarda. Deve ser anunciada dia 30/05, na reunião previamente marcada do diretório nacional da legenda.

 

Se correr o bicho pega…

Hissa, que consultou amigos sobre o voto até a noite anterior, está convicto de que tomou a decisão correta. Se votasse contra o impeachment corria o risco de colher um desempenho pífio na disputa da Prefeitura e ceifar as chances futuras em mandatos executivos.

 

Alfredo Nascimento

Alfredo Nascimento não teme um processo de expulsão do PR. Sabe tanto a respeito de quem manda de verdade na legenda, Valdemar da Costa Neto, ex-deputado federal e atual presidiário, que dificilmente será molestado.

 

Eduardo Braga

O ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, “colocou o cargo à disposição da presidente Dilma”, uma vez que vários de seus aliados – Marcos Rotta, Hissa Abrahão e Conceição Sampaio se elegeram no grupo dele – votaram pelo impeachment. Dilma pediu que ficasse. Esse tipo de pedido é a senha de “quero ficar”. Quem quer se demitir pede a conta em caráter irrevogável e ponto final. Mas Braga prefere tocar projetos em curso, como a privatização das concessionárias estaduais de energia e a usina Mauá 3, em Manaus. Depois, como disse hoje (18/04), voltará a conversar com a presidente. Ou seja, tudo indica que vai até o limite do naufrágio do barco.

 

Vasco x Flamengo

Confirmada a partida Vasco x Flamengo, em Manaus, domingo (24/04), o torcedor amazonense ficará outra vez sem a conquista mais emblemática da Copa 2016: o direito de comprar ingresso com assento marcado, um diferencial rotineiro em jogos na Europa e Estados Unidos ao qual o Brasil teima em não aderir. Os promotores dizem que encarece o evento. Deve ser. Mas o estádio foi construído a preço de ouro para dar conforto ao torcedor e a garantia do assento é parte fundamental disso.

 

Família

Imagine alguém que vai ao estádio com a família e os amigos, num grupo numeroso. Com evento de lugares marcados, todos podem comprar ingresso um ao lado do outro e dividir as emoções da partida, sem precisar se desgastar chegando demasiadamente cedo ou pedindo favor a quem já está acomodado.

 

Funciona

Na Copa funcionou que foi uma beleza. Funciona em qualquer jogo. É só querer.

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1 comentário

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  1. Diego Marcelo disse:

    Marcos a surpresa da votação da bancada amazonense fez até Amazonino comentar o assunto
    A verdade é que eles votaram por suas carreiras políticas, sabiam que o povo não esqueceria um voto a favor do governo nessa altura do campeonato
    Sobre a Arena não reclamo nem dos lugares marcados, mas sim do povo popular, “da galera da geral” que pagava R$5 no vivaldao, futebol é lazer é inclusão e esse “geraldino” está excluído sempre, R$70 e R$90 são preços inacessíveis a muitos
    Poderia acontecer como na Alemanha, Arenas modernas SIM, mas setor exclusivo a preço popular, 10 Euros o ingresso, quem não puder pagar os 100 Euros pode pagar menos porém jamais pode ficar fora da festa do futebol