Senador do Amapá colhe assinaturas na Câmara e Senado para descontingenciar dinheiro da Suframa

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O herói amazonense Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que enfrenta o Governo Federal e tenta resgatar prerrogativa da Suframa, vem do Amapá

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) colhe assinaturas para descontingenciar os recursos arrecadados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Mira, inicialmente, as bancadas da Amazônia Ocidental e Amapá. Quase R$ 1 bilhão da autarquia são recolhidos ao Tesouro Nacional, todos os anos, a pretexto de ajudar na formação do superávit primário (uma espécie de garantia de pagamento dos juros da dívida externa) do Governo Federal. A falta desse dinheiro faliu a Suframa e ameaça tragar todo o modelo de desenvolvimento regional configurado no Polo Industrial de Manaus (PIM). Randolfe, em cujo Estado está a Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, subordinada à Suframa, vem juntando musculatura política para forçar o combalido Governo Dilma a devolver o que as indústrias localizadas em Manaus recolhem.

 

Estrutura

O dinheiro da Suframa, que os idealizadores do modelo destinaram a construir o desenvolvimento do Amazonas, com infraestrutura no interior, era usado para construção de portos no beiradão, em convênios com prefeituras, e até serviu para asfaltamento e construção de pontes da BR-319, no trecho trafegável que vai até Careiro Castanho.

 

Ombro

Espera-se que Randolfe encontre um ombro amigo, na bancada amazonense, para levar em frente esse pleito que é tão importante para o Amazonas. Até porque não cabe fazer beicinho ou cenas de ciúmes num momento grave como esse.

 

CCE

A CCE acaba de transferir uma de suas linhas de produção, que estava sediada em São Paulo, para Manaus. É uma bem-vinda volta da empresa de Isaac Sverner ao PIM.

 

Mondial

Outra boa notícia é que a Mondial, expoente dos chamados eletroportáteis (panelas de pressão elétrica, Airfrayer, de arroz etc.), decidiu fabricar no Amazonas cinco de seus produtos.

 

PPB

O exemplo da Mondial dá ideia de como os burocratas de Brasília podem transformar um Processo Produtivo Básico (PPB) em entrave. A empresa tem um ano para alcançar 100% de nacionalização na produção em Manaus. Mas ela quer dois anos para fabricar apenas as luzinhas de led dos mostradores verde (ligado) e vermelho (desligado). É o Brasil, nesse caso, e não apenas o Amazonas, que tem interesse nessa produção. Ou a China ainda pode levar mais uma.

 

Crise na hotelaria

A crise está batendo forte na hotelaria amazonense. O tradicional hotel Sombra, no Centro, fechou com seus 80 quartos. O Taj Mahal, na Getúlio Vargas, foi arrendado pelos proprietários, de origem indiana, que decidiram concentrar a operação no outro hotel deles na via, o Plaza. O Go Inn da Monsenhor Coutinho, também Centro, fechou metade da operação. Um tradicional hotel da Belo Horizonte chegou a ter apenas seis hóspedes. Há quem diga que a ocupação média nos hotéis locais está em ameaçadores 15%.

 

Placar do impeachment

Apenas o deputado federal Alfredo Nascimento (PR) e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) anunciam oficialmente que votarão contra o impeachment da presidente Dilma. Um indeciso, Hissa Abrahão (PDT), desceu do muro e anunciou que é a favor. Mas dizem que alguém negociou com o Planalto outros três votos contra da bancada amazonense, o dele e mais dois. Os dois negaram. Não ir à votação de admissibilidade pela Câmara, no domingo 17/04, também é votar com Dilma.

 

Secretariado pronto

Corre nos bastidores a informação de que o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, já havia escalado seu staff na segurança pública. Dependia só da canetada da desembargadora Socorro Guedes. O ex-subsecretário de Inteligência (Seai), Thomaz Vasconcelos, seria o secretário da SSP. Mário César, ex-delegado geral, ocuparia a Seai. E o coronel Walter Cruz seria o comandante da PM. Agora eles aguardam pela decisão do Supremo Tribunal Eleitoral (STE).

 

Linha Gol Macapá-Caiena-Paris

Enquanto as empresas aéreas se retiram do Amazonas, a Gol está anunciando, para breve, uma nova operação: Macapá-Caiena-Paris. Como a Guiana Francesa é colônia, os franceses consideram voo interno e permitem tarifa reduzida com incentivos fiscais.

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