Pacientes com sintomas de Dengue, Chikungunya ou Zika devem procurar UBS, SPAs ou UPA

Os pacientes que apresentarem sintomas compatíveis com quadro de Dengue, Chikungunya ou febre Zika devem procurar atendimento, inicialmente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou nos Serviços de Pronto-Atendimento (SPAs e UPA) mais próximos de sua residência, para avaliação médica.A orientação é da Secretaria Estadual de Saúde (Susam).

O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, frisa que as unidades especializadas, como é o caso da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), são referência para o tratamento somente de casos de maior gravidade, que apresentem sinais ou sintomas de complicações dessas infecções, que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Manaus conta com UBS em todas as zonas da cidade e uma rede de 09 SPAs e 01 Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Pedro Elias de Souza ressalta, ainda, que o diagnóstico dessas doenças, nas UBS e SPAs, está observando, principalmente, o critério clínico-epidemiológico. A realização de exames para confirmação laboratorial, conforme prevê o protocolo adotado, no momento, pelo Ministério da Saúde, está sendo feito apenas para públicos específicos, como é o caso das gestantes, recém-nascidos, pacientes com complicações neurológicas, imunodeprimidos, entre outros.

“É importante que a população compreenda, por exemplo, que nos casos suspeitos da febre Zika, não há um ‘teste rápido’ disponível para diagnóstico da doença. O exame que detecta o vírus é o PCR, que utiliza a biologia molecular e não está na rotina das unidades do SUS”, frisa o secretário.

O diretor-presidente da FVS, infectologista Bernardino Albuquerque, salienta que, fora os grupos considerados de risco, como é o caso das grávidas, a febre Zika é uma doença de perfil benigno e duração curta, de no máximo 3 a quatro dias. O tratamento é apenas sintomático, para a febre ou dores, por exemplo. “Daí a opção do Ministério da Saúde de adotar, como regra geral, o critério clínico-epidemiológico para o acompanhamento dos casos da doença”, disse Bernardino.

Ele ressalta que, no momento, a análise das amostras coletadas na rede de saúde local está sendo feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia). Os resultados estão sendo liberados num período médio de 10 dias. “Ainda estamos aguardando o envio, pelo Ministério da Saúde, dos insumos que nos permitirão realizar essas análises no Laboratório Central (Lacen), do Estado”, frisou Bernardino.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, informou que o atraso na distribuição dos kits para diagnóstico do Zika por laboratórios credenciados pelo Governo – como é o Lacen do Amazonas – decorreu de entraves no processo de licitação dos insumos.

Novo balanço do Dia D

A Susam apresentou, nesta terça-feira (16), novo balanço da participação do Amazonas no Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti, ocorrido no último sábado (13). O novo balanço abrange 30 municípios do interior e mais a capital, já com resultados computados pela FVS. Nesses locais, foram inspecionados 142.147 imóveis, durante a ação, sendo mais de 82,6 mil na capital e o restante no interior. Participaram da mobilização 20.874 servidores da saúde, 7.207 militares das Forças Armadas, 39 bombeiros, além de equipes voluntárias.

O secretário Pedro Elias voltou a conclamar a população a continuar engajada na adoção das medidas preventivas, destinadas a reduzir ao máximo os índices de proliferação do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor do vírus responsável pela Dengue, Chikungunya e febre Zika. Ele destacou que, nas visitas de inspeção domiciliar, as equipes formadas por servidores da saúde e militares, vêm fazendo a identificação e eliminação de focos do mosquito, mas também orientam a população sobre as medidas preventivas.

“A visita dos agentes é apenas um reforço, mas é fundamental que o cuidado seja sistemático, com inspeções semanais realizados pelos moradores em suas casas, seus quintais, no ambiente de trabalho, nas escolas, enfim, onde houver possibilidade de surgimento de criadouros do Aedes. Estamos no período do ano que é mais propício à reprodução do vetor, e os cuidados devem, realmente, ser redobrados”, afirmou o secretário.

 

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