Defesa de Melo vai ‘entrar no inquérito’ tentando mostrar falhas que teriam viciado o processo responsável pela cassação do governador

Melo (esquerda) ainda não desistiu de anular o processo em que Braga o acusa de compra de votos e no qual foi cassado pelo TRE-AM

Melo (esquerda) ainda não desistiu de anular o processo em que Braga o acusa de compra de votos e no qual foi cassado pelo TRE-AM

Um policial federal entrou numa reunião privada, disfarçado, foi até uma sala e, a partir do depoimento de testemunha, concluiu que dentro da mesma estava ocorrendo compra de votos. Deu o flagrante, mas as testemunhas arroladas não confirmam ter recebido o dinheiro naquele momento. Recibos recolhidos como prova seriam de outra data e não sustentam o flagra. Tudo isso ocorreu sem prévia ordem judicial. São esses os fatos que a defesa do governador José Melo pretende narrar nos recursos do processo que o cassou. Vai tentar também insistir no pedido de perícia nas provas. A intenção é anular o processo inteiro.

 

‘Prova de algibeira’

O outro lado, os advogados que trabalham na acusação feita pela coligação do senador e ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, lembra um princípio do Direito segundo o qual “a Justiça não socorre aos que dormem”, isto é, tentará demonstrar que a hora para questionar essas coisas já passou. Qualquer uma das partes não pode guardar “prova de algibeira”, ou seja, um argumento para usar na hora que achar mais conveniente.

 

Mudou

O vice-governador Henrique Oliveira, cassado com José Melo pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), trocou o advogado Yuri Dantas pela advogada Maria Benigno. Yuri, antes, defendia a ele e a Melo.

 

Cochilo

O fato é que o staff de José Melo cochilou. A impressão é de que o grupo lutou menos que podia para evitar a cassação e todo esse panavueiro.

 

Empate carnavalesco

O empate entre duas escolas, Aparecida e Reino Unido, no Carnaval do Amazonas, é fruto de um descuido. Custava nada terem colocado que, em caso de notas iguais, ganharia quem obtivesse maior nota no quesito bateria. Se persistisse o empate, a vitória seria do melhor em samba-enredo, depois mestre-sala e porta-bandeira e assim por diante. Simples assim. A falta de critérios para desempate é um erro do regulamento, já que se trata de uma competição. Revela, por outro lado, o pouco caso no planejamento do Carnaval.

 

Ruas do Distrito Industrial

A superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, não desistiu de resolver o problema do asfaltamento das ruas do distrito industrial. Estuda saídas com o Ministério Público Federal (MPF) e a assessoria jurídica da superintendência.

 

Meninas de Iranduba

Classificado em segundo lugar no Grupo 1 do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, o Iranduba (AM) disputa partida decisiva nesta Quarta-Feira de Cinzas (10/02), às 20h (horário de Manaus), na Colina, contra a Portuguesa (SP). A Ferroviária (SP), pega no dia seguinte o time mais fraco do grupo, o Tiradentes (PI). A CBF não aceitou colocar os jogos no mesmo horário, como seria lógico, e a equipe paulista entra em campo sabendo quantos gols precisa para se classificar. O Santos (SP), líder, tem 7 pontos e 5 gols pró. O Iranduba, segundo com 5 pontos, tem apenas 1 gol positivo, enquanto o Ferroviária, terceiro com 4 pontos, contabiliza 2 gols a favor.

 

PM ou Seduc?

Mais uma escola deixa de ser tocada pelo sistema regular de ensino, sob o comando da Secretaria Estadual de Educação e Qualidade de Ensino (Seduc) e passa para a Polícia Militar. Trata-se da escola Professora Eliana de Freitas Moraes, no bairro Lago Azul, entre o Santa Etelvina e o começo da AM-010 (Manaus-Itacoatiara). Pergunta que não quer calar: se escolas da PM têm, comprovadamente, melhor desempenho, não seria melhor trocar de vez o sistema de ensino público do Amazonas para esse método?

 

Comando muda

O tenente-coronel Gilvandro Mota da Silva, diretor da escola da PM de Petrópolis, foi exonerado. Vai para o lugar dele o coronel César Gomes. Gilvandro era considerado um dos responsáveis pelo sucesso das escolas da PM. Alguns dias antes foi exonerado o major Marlon Benfica, diretor da escola da PM que funciona na Nilton Lins.

 

CarnaIlha

O prefeito de Parintins, Alexandre da Carbrás, não fez o CarnaIlha deste ano, alegando que recursos municipais foram bloqueados pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O juiz da Vara do Trabalho de Parintins, Aldemiro Dantas Jr., enfrentou o prefeito e lembrou o lógico: esse dinheiro não poderia ser usado de forma alguma para o Carnaval. A pressão foi tanta que Carbrás fez um arremedo de Carnaval, na Praça dos Bois, com bandas tocando para o público em geral. Resumo da ópera: foi-se mais uma festa que levou anos para frutificar.

 

Carnaboi

A inevitável comparação, no Jornal Nacional desta segunda (08/02), não poderia ser pior. Imagem mostra o “Carnaval diferente” do Amazonas, com dez gatos pingados brincando no Sambódromo, no CarnaBoi. Corta para a praia de Ondina, na Bahia, onde as câmeras mostram mais de 2 milhões de foliões. O CarnaBoi já ocorreu em três dias com média de 150 mil pessoas. Hoje é só mais um fracasso na promoção de eventos públicos no Amazonas.

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