Governador discute combate à malária com prefeitos e secretários de saúde

 

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Prefeitos e secretários municipais de saúde reuniram-se nesta quinta-feira (04/02), com o governador José Melo para conhecer o ‘Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária para 2016’. Dos 12 municípios convocados, onde há maior registro de casos de Malária no Estado, marcaram presença, na sede do governo, os prefeitos de Santo Antônio do Içá, Barcelos, Lábrea, Tefé e São Paulo de Olivença. Participaram, ainda, os gestores de saúde de Manaus, Atalaia do Norte, Eirunepé, Coari, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença e Tabatinga.

Um total de R$ 4,2 milhões está sendo aplicado pelo Governo do Estado para combater a malária. “Estamos destinando recursos para dar apoio aos municípios para equipamento, material, combustível, a parte logística todinha, para que os municípios com a estrutura que eles têm consigam desenvolver um trabalho. Aqueles municípios que são reincidentes, como Eirunepé, Ipixuna, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, vocês estão vendo que são os municípios mais distantes, mais isolados, de grandes dificuldades e distâncias, onde isso acontece. Em São Gabriel da Cachoeira, um outro agravante é que a população de lá mais de 70% é de nossos irmãos indígenas . As aldeias ficam muito distantes”, disse o governador.

“A malária mata aproximadamente 500 mil pessoas, ainda hoje, no Mundo. Cada centavo gasto nesse combate pode salvar vidas. Nós já tínhamos um Plano Municipal, mas a partir de agora vamos trabalhar de forma integrada”, enfatizou o secretário municipal de saúde da capital, Homero de Miranda Leão, representando o prefeito Arthur Neto na reunião.

Segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde, Bernardino Albuquerque, esses 12 municípios, juntos, registraram 70% dos casos de malária no Estado em 2015. “Alguns já são tradicionalmente malarígenos – quando há presença do mosquito vetor do gênero Anopheles –, mas que têm apresentado nos últimos anos um crescimento. Todos elaboraram um plano municipal, que foi adequado pela nossa equipe técnica, e este chamamento é para que possamos desenvolver um trabalho integrado, pactuado, entre Estado e municípios”, explicou Albuquerque.

A meta do Plano Estadual é reduzir em 20% a incidência da doença nesses municípios. Para isso, serão investidos R$ 4,2 milhões em compra de combustível e equipamentos como máquinas de termonebulização, bombas borrifadoras, motores de popa, microscópios e motocicletas, além de distribuição de mosquiteiros com inseticidas para moradores das áreas de maior incidência do mosquito transmissor.

O secretário estadual de saúde, Pedro Elias de Souza, ressaltou a necessidade de empenho das Prefeituras – que são responsáveis pela execução das ações de combate às endemias –, a fim de garantir o cumprimento das metas de redução dos casos de Malária. “Em novembro do ano passado, tivemos uma primeira reunião com esses municípios e, agora, estamos voltando a nos reunir para alinhar as orientações sobre o combate à doença”.

Plano de ação em Manaus

Em novembro de 2015, durante reunião em que foram anunciados os investimentos para este ano, o secretário Homero de Miranda Leão apresentou o ‘Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Malária em Manaus para 2016’, que tem o objetivo de reverter a curva de crescimento da doença.

Envolve prioritariamente 70 localidades que concentraram 90% das notificações de casos no município, no período de janeiro a setembro de 2015. Das 1.070 comunidades cadastradas, 400 apresentaram notificações, sendo que 20 delas representam 50% dos casos. Cinco são áreas de invasão como, por exemplo, a Coliseu, Jefferson Peres, José Melo e Abelha.

“Considerando que em 2014 e 2015 tivemos um aumento de 52% no número de casos em Manaus, as zonas Leste, Oeste e Rural foram as que mais apresentaram notificações, especialmente em função das grandes ocupações desordenadas em que a população vai adentrando nas áreas malarígenas. Essas invasões além de concentrar a malária, dispersam a doença pela cidade, uma vez que as pessoas se contaminam e voltam para as áreas já consolidadas”, lamentou o assessor da subsecretaria de Gestão da Saúde da Semsa, Romeo Rodrigues Fialho.

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