Esforço para dobrar Ibama na manutenção da BR-319 tromba em nova licença. Ibama passou ao Ipaam e decreto devolveu ao Ibama

Depois de todo o esforço para sensibilizar políticos do Amazonas, Roraima e Rondônia e mostrar ao Ibama a necessidade de manutenção na BR-319 (Manaus-Porto Velho), o problema volta a ser licença ambiental. O trabalho pode paralisar outra vez. A presidente do Ibama, Marilene Ramos, anunciou dia 2/12 que caberia ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) renovar a licença, expirada em agosto deste ano e renovada provisoriamente até 2/01/2016. Em abril, segundo o deputado estadual Orlando Cidade, o DNIT pediu a licença e até agora, oito meses depois, o documento não foi expedido. A presidente do Ipaam, Ana Aleixo, afirma que o Decreto 8.437 de 22 abril de 2015, da Presidência da República, devolveu a competência ao Ibama. Ao órgão estadual, neste momento, compete auxiliar o governador José Melo no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para os 405 quilômetros não asfaltados da estrada. E nós? Toda pressão em cima do Ibama. A bola voltou ao órgão federal.

 

Alfaiate

O Decreto presidencial, numa hora em que se discute, inclusive na Justiça, a manutenção da BR-319, onde as pontes de madeira estavam caindo, veio sob medida. Dá até para pensar que se trata de uma medida “alfaiate”, que cabe exatamente no figurino da estrada.

 

Encapsulada

O Ipaam está oferecendo os argumentos técnicos para o “encapsulamento” do trecho em que a BR-319 atravessa reservas ambientais. Uma cerca de arame, como é feito na Europa e EUA, impediria a penetração do homem na floresta próxima à estrada e protegeria a fauna.

 

Internet

É pela BR-319 que a Embratel lança o cabo de fibra ótica responsável pela interligação de Manaus ao tronco nacional da Internet. Ou seja, a cidade navega na grande rede de computadores pela rodovia. Com a situação atual, a manutenção disso fica oneroso e torna mais caro cada byte vendido na capital amazonense.

 

Consenso

A BR-319 virou consenso de empresários, políticos e até militares. O estado maior do Comando Militar da Amazônia (CMA) entende que a estrada é fundamental para a segurança nacional. Mas os órgãos ambientais fazem de tudo para segurar a obra.

 

Piscicultura

Um dos maiores produtores de peixe do Brasil, que se tornou um dos mais expressivos fornecedores do Amazonas, tentou durante dois anos se estabelecer em Rio Preto da Eva. Não conseguiu licença do Ipaam. Foi para Rondônia e Roraima. Em dois meses estava produzindo e fornecendo para os amazonenses.

 

José Melo e Nair Blair

Saiu o parecer do Ministério Público Eleitoral do Amazonas, no processo resultante da apreensão do que é considerado prova de compra de voto na eleição de 2014. O procurador Victor Ricelly Lins Santos pede a cassação do governador José Melo. Clique aqui para ler. O processo espera pelo parecer do relator, Francisco Marques, advogado que atua como juiz do TRE-AM, para ir à votação em plenário.

 

Fieam e CDLM sem festa

Jornalistas e radialistas esperam, há mais de 30 anos, a confraternização de fim de ano da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). Há alguns anos, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM) realiza evento semelhante. Fieam e CDLM, porém, pegaram carona na crise e quebraram a tradição. Este ano não haverá festa.

 

Tradição

Não há nada mais frágil que uma tradição. Basta um sopro e ela se vai, levando consigo a história e a memória.

 

Zé Aldo

Aqueles mesmos que se esmeravam em elogios a José Aldo, defensor do cinturão do UFC por dez vezes, agora o criticam pela derrota fulminante contra Connor Mcgregor, o irlandês falador. Zé Aldo é um guerreiro. Vai dar a volta por cima. A revanche vem aí.

 

Curió

O menino Bruno Reis, de apenas 12 anos, abre o bico e canta afinado. Carrega consigo o violão que ganhou da igreja evangélica e aprendeu a tocar praticamente só. É conhecido em Manacapuru como “Curió da Amazônia”. Canta gospel e sertanejo. Atende para shows no 99486-9897.

 

Anos perdidos

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro diminuirá 8%, entre 2014 e 2016. Tudo indica que 2017 se juntará a esses anos perdidos. O Brasil, empobrecendo, precisa reagir.

 

Cícero resiste

A Operação Catilina, da Polícia Federal, repõe diante dos brasileiros a figura do cônsul romano Marco Túlio Cícero, um dos maiores estadistas da História. A escritora inglesa Taylor Caldwell, no livro “Um pilar de ferro”, o descreve como sustentáculo da melhor tradição romana. Mas seu grande momento foi quando enfrentou o poderoso senador Lúcio Sérgio Catilina, quando este tentava derrubar a República Romana. “Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?”, indaga Cícero, num dos maiores panavueiros conhecidos. Eduardo Cunha abusou. E outros continuam abusando.