Executivo reúne ideias para combater a crise e tem audiência negada por autoridade estadual

Executivo de multinacional não entende como, em plena crise, não é recebido

Executivo de multinacional não entende como, em plena crise, não é recebido

Um executivo de multinacional, daqueles que decidem os rumos de indústria importante, alarmado com os desdobramentos da crise, pediu audiência a uma autoridade estadual para discutir saídas. Foi há quase um mês. O ilustre ocupante de cargo público mandou avisar que primeiro ele deveria conversar com dois subordinados, um escalão abaixo. Foi há um mês. Surpreso e frustrado, o executivo até agora não conseguiu entender como um Estado, na pindaíba, como de resto o Brasil inteiro, não está de portas abertas para receber sugestões como as que ele pretendia oferecer.

 

Creches

A Prefeitura de Manaus encontra um obstáculo para construir creches em Manaus: a falta de terrenos públicos. O jeito vai ser apelar para desapropriações em áreas mais carentes. Mas aí entra a crônica falta de recursos no erário municipal.

 

Creche da Fieam

Um usuário da creche Francisco Garcia Rodrigues, da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), se queixa do preço. Está pagando R$ 500 para deixar a filha no local. Construída, nos arredores do hospital Adventista, quando o ex-deputado federal Francisco Garcia foi presidente da Fieam, a creche não cobrava nada. Era mantida apenas com a gorda subvenção pública oferecida ao “sistema S” (Sesi, Senac, Sesc etc.). Abrigava então os filhos dos operários. Agora está cobrando preço para filhos de executivos.

 

Samsung

A multinacional coreana Samsung, uma das grandes do Polo Industrial de Manaus (PIM), está vivendo duramente os reflexos da crise. Recebia mensalmente em torno de 80 conteiners de matéria-prima. Agora está recebendo apenas 20. A coisa está ficando cada vez mais feia.

 

Ônibus

O Detran-AM fez uma blitz surpresa nas portas de empresas de ônibus que têm garagens na Zona Leste, nesta quinta-feira (17/09). Encontrou 98% dos veículos com problemas que levariam à apreensão. As irregularidades vão de licenciamento vencido, o que tira receita do erário estadual, a portas que não fecham – uma infração passível de multa desde a década de 1970. É um escândalo. Eis aí uma explicação para o sistema de transporte coletivo de Manaus andar tão mal.

 

Mototaxistas

Os mototaxistas legalizados junto à Prefeitura tanto fizeram que, nesta quinta-feira (17/09), se deu a primeira blitz, desde quando a legalização passou a ser exigida, em 2013. Agora são os não legalizados, que constituem maioria, a ir para as ruas fechar o trânsito e exigir o abrigo no aprisco público. Vão se reunir ao lado do Sambódromo, nesta sexta (18/09). Sem querer, os ilegais estão oferecendo uma oportunidade e tanto para a fiscalização apreender as motos que entulham o trânsito fazendo o transporte ilegal.

 

Seixas em Barreirinha

O ex-prefeito Gilvan Seixas e o filho, o vereador Glênio Seixas são segundo e terceiro em Barreirinha. Juntos passam o primeiro colocado, Nenga. Gilvan, duas vezes prefeito, já avisou que agora é só cabo eleitoral

O ex-prefeito Gilvan e o filho, o vereador Glênio, juntos passam o primeiro em Barreirinha, Nenga.

Quase todos os partidos estão realizando pesquisas internas para sentir a temperatura, nos Municípios do interior amazonense, das eleições do ano que vem. Em Barreirinha, por exemplo, Nenga lidera a corrida para a Prefeitura, ligeiramente à frente do vereador Glênio Seixas. Glênio, por sua vez, também está próximo do terceiro colocado, o ex-prefeito e pai dele, Gilvan Seixas. Gilvan, de quem Menga foi vice-prefeito, já avisou que desta vez é apenas cabo eleitoral do filho.

 

Bi em Parintins

O ex-prefeito Bi Garcia aparece na frente, em Parintins. Quando a pesquisa pede a manifestação estimulada do eleitor, isto é, o pesquisador mostra uma cartela com nomes dos candidatos, o segundo colocado é o também ex-prefeito Enéas Gonçalves. O prefeito Alexandre da Carbrás, candidato à reeleição, nesse caso vai para o terceiro lugar.

 

Celular

O comércio de celular roubado, no Centro de Manaus, se tornou escancarado, volumoso e lucrativo para os atravessadores. A repressão sistemática da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) é profilática. Só precisa agora se estender aos bairros.

 

Pastora Luciana e a homofobia

Vereadora Luciana: "Não sou contra os 'homoafetivos'"

Vereadora Luciana: “Não sou contra os ‘homoafetivos'”

A Câmara Municipal de Manaus presenciou, quarta-feira (17/09), uma das sessões mais concorridas dos últimos 30 anos. Foi quando a vereadora Pastora Luciana, para desfazer o mal estar causado por projeto de lei de autoria dela, que na prática proíbe que os casamentos coletivos permitam homoafetivos, bradou da tribuna:

– Vou provar que não sou homofóbica. Tenho um funcionário que é “homoafetivo” (ela não fala homossexual) e eu o mantenho em meu gabinete. Levante aí por favor.

No auge da, digamos, retórica, a vereadora esqueceu de citar o nome do funcionário. A primeira reação veio do ponto para onde ela apontava. Levantaram-se, no lugar de apenas um, como se esperava, dois funcionários.

A primeira reação, de surpresa, foi dos que estavam no plenário. O gesto da vereadora acabara de tirar mais um do armário. A segunda, daquela curiosidade mórbida que faz todo mundo parar nos acidentes para tirar uma foto e atravancar o trânsito, foi dos que estavam nos gabinetes. Todos correram para ver quais eram os alvos da revelação da vereadora.

Entre perplexos, surpresos e curiosos, o plenário recebeu lotação inédita. Foi um panavueiro bem concorrido.

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