O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando de Queiroz Monteiro Neto, 63, parece disposto a presidir pela primeira vez uma reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS). O titular do MDIC, segundo fonte da autarquia, teria anunciado a vinda à reunião do dia 23/09. É uma mudança e tanto. Monteiro tem passeado e andado para o principal órgão de desenvolvimento da Amazônia Ocidental e feito vistas grossas à queda de 15% na produção do terceiro maior polo industrial do País, este ano. Ele é o chefe da Suframa, abaixo apenas da presidente Dilma Rousseff. Podia aproveitar e anunciar o superintendente efetivo do órgão.
Silêncio obsequioso
O silêncio obsequioso (religioso), a falta absoluta de protestos, cutucadas, manifestações públicas de quaisquer natureza, em relação à omissão de Armando Monteiro, são muito estranhos. Uma autoridade no posto dele precisa ser cobrada com veemência ou perde o Norte, entre as muitas obrigações. Ou as lideranças amazonenses, políticas e empresariais, jogaram a toalha em relação à Suframa ou estão perdidas ou é muita puxação de saco.
Poder?
Armando Monteiro foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e é amigo de líderes patronais amazonenses. Mas isso não tem representado nada para o Estado, nesta era ministerial deste pernambucano com alma de paulista. Quatrocentão. Daquele tipo que só olha para a indústria de São Paulo. Manda cair 1% na produção da indústria automobilística e ele mobiliza o País para mexer em impostos, a começar pelo IPI, para incentivar o setor.
Férias
O superintendente interino da Suframa, Gustavo Igrejas, está de férias, mas deve estar presente à reunião do CAS.
Melo x Braga
A briga do governador José Melo e o ministro Eduardo Braga, pelo Governo do Amazonas, precisa de uma correção da coluna. Foi dito que havia pendência de decisão quanto à litispendência (igualdade) entre processos no TRE-AM, relatados um pelo ex-juiz da corte Affimar Cabo Verde Filho e outro pela juíza Marília Gurgel. Isso foi resolvido. A corte decidiu que não há. O que se discute agora é a “conexão” entre eles, isto é, se os dois falam dos mesmos fatos ou pedem a mesma coisa. Marília, que pediu vista, deve devolvê-la hoje. Esse panavueiro vai longe
Arbitragem
A equipe do curso de Direito da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é bicampeã da seletiva da Comissão Regional de Arbitragem da OAB-AM. Participaram nove equipes de oito Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado. O prêmio foi inscrição e passagens para a fase nacional, em São Paulo. Como a Ufam já estava classificada, quem levou foi a equipe da Padilhajuca Advogados. A fase nacional acontecerá de 1º a 4/10. O escritório Jacob & Nogueira patrocinou a seletiva amazonense.
Praias do Negro
O rio Negro, com pouco mais de 26 metros de profundidade, na régua do Roadway, está belíssimo. A água ainda não tem cauixi e as praias já apareceram. Mais uns poucos metros e esse cenário paradisíaco acaba. Melhor aproveitar.
‘Potencial político’
A política é mesmo uma área onde o óleo de peroba faz sucesso. Um empresário, que já foi candidato a cargo eletivo, recebeu a visita de um antigo cabo eleitoral. Queria emprego. Havia vaga e o empresário ligava para o departamento pessoal para contratá-lo quando foi interrompido. “Calma”, disse ele, “eu tenho ‘potencial político’ e não posso ficar preso dentro de uma empresa o dia inteiro”. E esclareceu, na maior cara-de-pau, que queria o emprego, não o trabalho.
Resposta
Na lata, o empresário respondeu: “Ótimo que você disse isso. Eu estava precisando mesmo ouvir de alguém da política que eu não tenho potencial político. Afinal, eu passo o dia inteiro aqui dentro dessa empresa”. Não rolou o trabalho. Nem o emprego.
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