Começa segunda etapa da vacinação contra o HPV. Meta é imunizar mais de 59 mil meninas no AM

O Amazonas recebeu, do Ministério da Saúde, 75 mil doses de vacina para a segunda etapa da campanha de imunização contra o HPV, que começa nesta semana, em todo o País. A vacina é destinada às meninas de 9 a 13 anos e protege contra o vírus que está na origem de 70% dos casos de câncer de colo de útero. Na primeira etapa da campanha, que ocorreu em março deste ano, 59.157 meninas receberam a primeira dose do esquema vacinal, no Amazonas. “A proteção contra o vírus exige que o esquema vacinal, que é composto de três doses, seja rigorosamente seguido”, alerta o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza.

O secretário recomenda aos pais que não deixem de assegurar que as meninas complementem o esquema de vacinação. Também pediu o esforço de todas as secretarias municipais de saúde – que são as responsáveis pela execução da campanha – para o cumprimento da cobertura vacinal. A Susam recomenda que a campanha seja realizada, prioritariamente, no âmbito das escolas, para garantir maior alcance da ação. Mas cada secretaria tem sua estratégia e algumas optam por ofertar a vacina nas Unidades Básicas de Saúde. “O importante é que haja um esforço conjunto entre os pais das adolescentes e as equipes de saúde, para fazer chegar a vacina, que tem um papel tão importante na prevenção ao câncer de colo uterino, ao seu público-alvo”, destacou o secretário.

O Amazonas foi o primeiro Estado brasileiro a oferecer, ainda em 2013, na rede pública de saúde, a vacina contra o HPV, como parte da política de enfrentamento do câncer de colo do útero que tem alta incidência no Estado. A campanha realizada no Estado, concluída em abril de 2014, alcançou 87.556 meninas, na faixa etária de 11 a 13 anos, numa cobertura equivalente a 80,1% do público-alvo estimado. Posteriormente, o Ministério da Saúde adotou política semelhante e passou a ofertar pelo SUS a vacina.

Indicadores

O Ministério da Saúde alerta que o câncer do colo do útero é uma doença grave que pode levar ao óbito. É um importante problema de saúde pública devido à alta incidência e mortalidade, especialmente nos países em desenvolvimento. Estimativas mundiais apontam aproximadamente 530 mil casos novos e 265 mil mortes por câncer do colo do útero ao ano, sendo 88% desses óbitos nos países em desenvolvimento. No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais frequente que acomete as mulheres e faz, por ano, 5.264 vítimas fatais. Em 2014, as estimativas foram de 15,3 casos novos a cada 100 mil mulheres.

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