Corte de aval do Governo Federal mostra como o tesouro estadual está dependente dos empréstimos

A presidente Dilma prometeu que manteria a autorização para os Estados captarem dinheiro novo, via empréstimos, nos bancos oficiais, como Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES, assim como no exterior. Foi dia 30/07, diante de todos os governadores. Não cumpriu. Mandou cancelar todas as autorização. O Governo do Amazonas espera por empréstimos para todas as grandes obras em andamento, da construção da UEA à duplicação da rodovia Manaus-Manacapuru, da avenida das Flores à duplicação da Manaus-Itacoatiara até Rio Preto da Eva. Sem esse dinheiro, o Estado vai parar de vez.

 

Pires na mão

O governador José Melo vai a Brasília, levando o pires amazonense nas mãos, inteiramente à mercê dos desígnios presidenciais. Mas essa não é questão, digamos, “melista”. É vital para todo o Amazonas. É boa hora para ver quem é o político com estatura e quem é mesquinho para torcer pelo quanto pior melhor.

 

Braga

Digamos, por puro exercício futurístico, que quarta-feira o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) decida cassar Melo e transferir o Governo para Eduardo Braga. O novo governador também dependerá, por mais milagroso que julgue ser, dos mesmos empréstimos que retêm o atual. Será duro, mas Braga também terá que arregaçar as mangas e se juntar à caravana de José Melo.

 

Plano de Safra

O Amazonas, nos últimos anos, fortaleceu muito o setor rural… de Roraima. Basta lembrar que quando caminhoneiros fecharam a BR-174, em protesto pelas péssimas condições da pista, faltou banana, melancia, hortaliças e até tambaqui nas feiras de Manaus. Agora, com o Plano de Safra lançado nesta segunda (17/08), o Governo do Estado tenta mexer nesse jogo. Ótimo. Não era sem tempo.

 

Plano de Safra (2)

Perguntinha que não quer calar: se Melo tem entesourado, no Banco do Povo, os R$ 300 milhões que pretende usar para deslanchar o Plano de Safra, mudaria muito se ele liberasse o R$ 1 milhãozinho que viabilizaria a Ciranda de Manacapuru e o Fecani de Itacoatiara?

 

Julgamento

Sim, o julgamento daquele processo de José Melo, no qual a coligação de Braga denuncia o uso de PMs e equipamentos do Estado em um programa eleitoral, deve prosseguir quarta-feira. O relator, Affimar Cabo Verde, votou pela cassação.

 

Roubo em carros

Trancas de carros não resistem aos ladrões e os furtos nos veículos passaram a depender apenas da vontade deles. O método usado é simples: um bandido passa olhando o interior dos carros – geralmente usando o disfarce de homossexual afetado, fingindo retocar a maquiagem nos retrovisores; aponta discretamente os carros com objetos no interior; depois passa o pessoal da ação, quebrando vidros e fazendo o roubo propriamente dito.

 

Alarmes

Atenção que a maioria dos alarmes de fábrica dos carros não têm sensor de movimento. Só funcionam se o ladrão tentar abrir a porta. Se quebrar o vidro, pode pegar o que quiser no interior do veículo que o alarme não vai funcionar. É preciso instalar um upgrade. As concessionárias não dão essa informação, mas, se você pedir, fazem a instalação.

 

Maria das Dores

A morte de Maria das Dores Priante, a líder comunitária da Portelinha, não é a primeira e possivelmente não será a última na briga por terras em Iranduba. A disputa deu motivo a duas operações da Polícia Federal e se estende em vários processos na Justiça. A segurança está de olho.

 

Gargalo em São Francisco

A Prefeitura instalou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro de São Francisco. Ponto para a saúde. Ocorre que, por causa disso, a rua que passa atrás da academia de ginástica Cajin, que tem carros estacionados de um lado e outro e é mão dupla, ficou intrafegável. O Manaustrans precisa resolver isso. Ou proíbe estacionar de um lado ou torna a via de mão única, o que parece mais razoável.

 

Ambulantes

O falecido colunista Gil costumava tratar a capital amazonense como “a Manô de mil contrastes”. Por conta do cuidado com que o prefeito Arthur Virgílio trata os camelôs, devido ao histórico de conflito com eles, o grupo está cheio de moral. Recebeu as galerias populares e uma bolsa por mês para garantir o faturamento mínimo. Recebe o benefício de grande parte da mídia oficial, de alto custo para o erário municipal. E, outro dia, quando a Prefeitura decidiu mexer no Centro, um deles saiu-se com essa: “O prefeito não pode fazer nada disso porque não dialogou com os ambulantes”. Haja moral.

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *