Economia criativa

“A criatividade é o poder de conectar o aparentemente desconectado.”

William Plomer

As sociedades e o comércio pós-industrial vão se pautar pela capacidade de incentivar, desenvolver, gerir e obter valor a partir das capacidades inovadoras de sua população. Não por acaso assistimos a ascensão de empresas cuja base de ativos é exatamente o potencial de inovar e criar soluções no campo da informática e interações humanas. Nem precisa citar Facebook, Google e o inacreditável Instagran, vendido recentemente a peso de ouro.

Em 1997 o Governo do Primeiro Ministro Tony Blair desenvolveu um programa de Economia Criativa como forma de impulsionar a economia multissetorial do Reino Unido. O fato é que, moda, design, arquitetura, livros, música, fotografia, softwares, publicidade, propaganda e artes estão entre os principais bens de consumo deste novo século.

O crescimento exponencial do capital intelectual, aliado a uma nova perspectiva da busca por mais qualidade de vida, maior apreciação do belo, das artes, da música pode ser a porta de entrada para uma nova base de geração de valor econômico.

No Brasil as iniciativas no sentido de dar forma e método a ações de fomento em Economia Criativa ainda são tímidas. A principal delas consiste na criação da Secretaria Nacional de Economia Criativa, atualmente vinculada ao Ministério da Cultura. A Federação do Comércio de São Paulo – FECOMÉRCIO – SP foi pioneira em estudar e criar um índice nacional de Economias Criativas, divulgado recentemente.

O indicador leva em conta fatores como números de empregos gerados em economia criativa, saneamento, posse de microcomputadores e PIB per capta. É uma grande colaboração para mensurar e entender este novo universo econômico no país.

O Amazonas ficou em 15º lugar no Ranking nacional e Manaus em 31º dentre as capitais dos Estados. Não é um mau resultado se levarmos em conta que ficamos à frente de estados que tradicionalmente possuem uma forte cultura de massas, como é o caso de Salvador com seu carnaval e Fortaleza e suas praias convidativas. Entretanto, ainda podemos desenvolver muito a Economia Criativa do Estado e de cidades como Parintins, Presidente Figueiredo ou Maués, sem subestimar outras de igual potencial no interior.

O empreendedorismo jovem insere-se nesse contexto de forma bastante firme e promissora. O empreendedorismo criativo compreende a juventude como centro capacitor do pensamento e futuro de qualquer sociedade. Em Manaus existe a Secretaria Municipal da Juventude, importante instrumento que poderia ser utilizado para promover o empreendedorismo jovem e alavancar oportunidades, geração de empregos, renda e cultura de um modo geral e em diversas áreas.

A irreverência, criatividade e facilidade dos jovens em se adaptar a novas tendências podem atrair oportunidades para qualquer economia que valorize e apóie sua inspiração inovadora. Não se trata de apenas conceder bolsas, mas de incentivar as capacidades individuais e obter valor social a partir disso.

Junior Brasil

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* Júnior Brasil é Perito em Contabilidade e Finanças, especialista em administração Pública e Mes...

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