A cadeia positiva desse tema virou o centro, o epicentro e o foco das atenções de especialistas, técnicos, governantes, empresários, ativistas militantes, celebridades, defensores da natureza, estudiosos do desenvolvimento sustentável e do meio ambiente e demais simpatizantes do assunto nos útimos tempos.
O termo Sustentável virou adjetivo obrigatório em todos os discursos, artigos, eventos, congressos. Passou de uma causa ecologicamente correta para uma grife de conscientização mundialmente desejada.
Nesse contexto, o termo Sustentabilidade merece uma reflexão e uma avaliação mais realística de todos nós cidadãos, como atores ativos e passivos desse processo.
A avaliação é simples: tudo que afeta a natureza afeta as pessoas, independente de que setores, áreas ou segmentos estivermos falando. Não é necessário ser mestre, sábio ou doutor para saber que “ de onde se tira e não se põe, um dia se acaba”.(grifo meu).
Essa é a essencia da Sustentabilidade – sustentar a natureza, tentar sustar o desmatamento , ter habilidade para preservar, respeitar a idade dos ecossistemas , integrar valores socioambientais com projetos estratégicos socialmente responsáveis são os referenciais que mapeiam e definem o que queremos traduzir com esse termo. O termo “sustentável” provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar). Segundo o Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável dos recursos naturais deve “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas” . fonte Wikipedia.
No entanto, muito além do termo, muito além da definição, são as ações que espectamos ao participar de eventos que em nome da Sustentatibilidade movem uma enorme quantidade de recursos humanos, financeiros, estruturais e relacionais que contratam todas essa estrutura desde a empresa organizadora, corpo de recepcionistas, chefs de cozinha, lembranças de palestrantes (mimos), prestadores de serviços vindos de outras cidades ou Estados.
A reflexão dessa situação nos leva a questionar , o que significa realmente Sustentabilidade: quando se trata de valorizar profissionais locais, empresas locais, recursos locais e projetos locais que podem e devem ser alavancados com eventos que absorvem e se subsidiam de grandes investimentos locais e não beneficiam o cidadão local como fomentador, consumidor, torcedor e morador da Floresta Amazonica, que é o maior polo de biodiversidade de fauna e flora do planeta e que tem a marca mais valorizada do gobo terrestre.
E se somos vistos como o maior modelo de economia sustentável, temos que ser vistos também como talentosos, criativos, inovadores, que luta, batalha, estuda,capacita, qualifica para atender as demandas do mercado profissional e dos requisitos de excelencia na prestação de serviços e resultados produtivos economicos e sociais e nesse sentido termos o respeito de sermos considerados aptos para sermos fornecedores de mão-de-obra e serviços que se fizerem necessários para qualquer tipo de evento.
Com essa atitude, muitos custos seriam economizados e o comprometimento, o comportamento e o compromisso com a Sustentabilidade seria realmente concreto e teria realmente a credibilidade que se alardeia aos quatro cantos do Universo.
Sustenta(h)abilidade, mais que falar, é ser exemplar.
Ozeneide Casanova
Ozeneide Casanova Nogueira é advogada e assistente social, com MBA em Gestão de Pessoas (FGV-ISA...
Muito bom o seu artigo.Crítico, consistente, conciso e questionador não só quando ao conceito, mas sobretudo na prática da ações, adorei.Parabéns pela escolha de um tema tão atual e que muito precisa ser refletido por nós amantes dessa terra de guerreiros amazônicos, que temos grandes talentos e especialistas em todas as áreas, seja nas ciências humanas e tecnológicas e nas artes e nem sempre são aproveitados ou por falta de oportunidade ou porque nós mesmos não as criamos ou valorizamos.