O local onde nasceu Manaus

O Forte de São José da Barra do Rio Negro, fundado entre 1667 e 1697, que deu origem ao povoamento depois transformado na cidade de Manaus, está dentro de uma Reserva Particular de Proteção Natural (RPPN) do Centro de Projetos e Estudos Ambientais do Amazonas (Cepeam), entidade ligada à Organização Não-Governamental (ONG) Soka Gakkai Internacional (SGI).

As ruínas do forte estão no meio da floresta

Há poucos dias, no CBN Manaus, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Amazonas (Iphan-AM), Juliano Valente, disse que a nova tomada d’água de Manaus, no Encontro das Águas, comprometeu o sítio arqueológico Nº 1 de Manaus. Fui checar. A questão é que bem ao lado, a poucos metros, estão localizadas as ruínas do Forte São José da Barra do Rio Negro.

A nova captação de água, embora necessária, é um monstrengo na paisagem do Encontro das Águas e no sítio arqueológico Nº 1 do Amazonas

A Soga Gakkai é uma ONG reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Parece movida por objetivos educacionais e filosóficos nobres. Mas passa da hora de o Amazonas entrar na fase adulta, longe daquela imagem do coitadinho, do “nós somos pobres e moramos longe”, e tomar conta das suas coisas, especialmente a história, a memória do passado.

Sede da Soka Gakkai, no terreno onde está localizado o forte

É inadmissível que o local onde nasceu Manaus e toda a identidade manauara não tenha a devida atenção amazonense.

Que o abraço da floresta às ruínas seja repetido por todos nós manauaras, com a gratidão à ONG internacional pela proteção oferecida até aqui, mas na firmeza de quem tem amor à história e à memória da cidade

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4 comentários

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  1. Raimundo saúde disse:

    Oi Marcos Santos, de onde vc tirou essa “bacaba arqueoilógica” sobre a origem de manaus?

    RESPOSTA:
    Não foi do mesmo lugar de onde tiraram a cura do câncer, com certeza, Raimundo. Foi do Iphan-AM. E eu mesmo fotografei o local.

  2. carlos neto disse:

    Uma pena que o progresso e a falta de compromisso com a historia da minha cidade permaneça nos coracoes.

  3. Bruno Silva disse:

    Se alguem se importasse com este sitio ele nao estaria se acabando no mato como demonstram as fotos. Antes de se preocupar com a ocupacao proxima a area, Iphan, Ongs deveriam dar o exemplo e cuidar do local. Eu adoraria conhece-lo. Se este estiver em condicoes de ser visitado.

    RESPOSTA:
    Pelo que eu entendi, Bruno, a visita está aberta. Mas bato na tecla: a ONG multinacional japonesa prestou um grande serviço mantendo o local preservado e agora é hora de mostrarmos maturidade para recuperá-lo e administrá-lo

  4. Maciel Pantoja disse:

    Por favor, onde fica mesmo esse sitio arqueológico?