Márcia Baraúna e o Festival Amazonas de Jazz

Márcia Baraúna Pinheiro, de cuja sensibilidade jamais ousei duvidar, manda E-Mail com impressões e fotos, tiradas do celular, do Festival Amazonas de Jazz. Ouvi muitos repetirem o que ela diz. Só não com a mesma clareza e sem medo de ter o entusiasmo confundido com qualquer outro sentimento – em meio ao momento político, especialmente.

Entendo o que ela quer dizer. Curtimos pouco as promoções arrojadas que acontecem em Manaus e perdemos momentos que não deixam nada a desejar ao grande circuito erudito internacional.

Transcrevo, então, a seguir, fotos e comentário, na íntegra:

“De 17 a 25 de julho aconteceu em Manaus o 5º Festival Amazonas de Jazz.

Não compareci a todas as noites, mas as apresentações que assisti foram sensacionais. Experimentei no peito a satisfação de ser amazonense e de ver o nosso Teatro Amazonas cumprindo, em pleno, a função de fomentar cultura, informação e entretenimento à sua gente.

A programação foi artisticamente rica e variada. Não tinha como não agradar a gregos e troianos ou, pra inculturar o conhecido dito, a vermelhos e azuis!

O lamento se deve, apenas, ao comparecimento do público. Faltou mais ‘lenha na fogueira’. Muitos lugares desocupados, até na platéia. Mas quem foi vibrou, delirou com tanta beleza! Ah, o melhor de tudo foi o encerramento: a SEC contratou uma noite fresca e dispôs estrategicamente no céu uma lua cheia, esplendorosa. Bom, aí foi só alegria e animação, primeiro com a apresentação dos músicos e artistas do Liceu de Artes e Ofício Cláudio Santoro – quantas revelações, muitos talentos brotando (!!) – e, em seguida, foi a vez da apresentação do grupo pernambucano Maestro Forró e Orquestra da Bomba do Hemetério (OPBH)!!!

Nesta hora o Largo pegou fogo literalmente!

Penso, aliás, ser essa a única queimada do Estado com a qual o Ibama não precisa se preocupar (mas cuide das outras que estão acontecendo aos montes e comprometendo o nosso verde!). Esta, até São Sebastião permite!

A maravilhosa orquestra, ao final e pra brindar a noitada, não resistiu e fazendo o que todo bom artista faz – como já afirmou nosso Milton – foi pra onde o povo estava, ou seja, desceu do palco com todos os instrumentos e cantou frevo pra valer, levando o povo a dançar sem parar. Vi adultos, jovens e adolescentes se remexerem e demonstrarem, além de ritmo, ótimo preparo físico.

O Secretário Estadual de Cultura, presente ao evento com toda sua equipe (nota dez com louvor à todos), estava visivelmente comovido e deslumbrado com o ocorrido!

Diletos manauaras, vamos prestigiar mais estes eventos, a fim de que possamos usufruir do bom e do melhor que tem sido produzido, em termos de arte e cultura,  aqui e no além.

Pra quem precisa se agendar com muuuuuuuita antecedência, anote: de 8 a 14 de agosto acontecerá o II Festival Amazonas de Dança; em outubro, o VII Festival de Teatro da Amazônia.

Com uma dica dessas só não aproveita quem realmente não quiser e não curtir arte e cultura!”

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Anonimo disse:

    Sabe aquela esperteza de sonegar imposto?
    Pois é, na Eye Center quando você pede a nota fiscal pela compra da lente de contato (17% de ICMS), você recebe:
    “01 Consulta oftalmológica mais adaptação de lentes descartáveis”
    Veja, bem:
    . Consulta oftalmológica – 2% de ISSQN (ok, é serviço)
    . Adaptação (sic) de lentes descartáveis – 2% de ISSQN (errado, é comércio!!!)
    É aquela questão: menos impostos, menos saúde, menos escola…