Nem Lula consegue mexer em interesses nas sucessões de 2012 e 2014 no AM

Serafim Corrêa é o principal adversário de Amazonino Mendes na campanha da reeleição para a Prefeitura de Manaus, em 2012; Omar, se eleito, é o único que não faria sombra a Eduardo Braga em 2014, porque, agora que assumiu a titularidade do Governo do Estado, teria esgotado a possibilidade de reeleição. São esses os parâmetros que fazem do ex-governador Eduardo Braga e do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, aliados incondicionais do governador Omar Aziz. Nem Lula, com toda sua força e ameaças veladas de todos os lados, pode obrigar os dois a fortalecer os adversários.As dúvidas sobre alianças para o Governo do Estado, portanto, estão praticamente esgotadas, entre esses políticos.

Ao escolher Serafim para vice, o senador Alfredo Nascimento descartou Amazonino, embora dias antes tenha conversado com ele e garantido que não lhe criaria obstáculo na reeleição, em 2012. Ele próprio, Alfredo, eleito, teria direito à reeleição e quatro anos para se fortalecer para enfrentar o agora ex-governador Eduardo Braga.

Braga, por sua vez, sabe o que é o ostracismo da ausência de poder. Isso aconteceu após 1996, quando deixou a Prefeitura e perdeu todas as eleições subsequentes, até conseguir aliança com o ocupante da cadeira de governador, Amazonino, em 2002, e vencer, finalmente.

Amazonino, por sua vez, tenta desesperadamente fazer algo pela própria biografia e sair do atoleiro que é a Prefeitura de Manaus. Para ele seria humilhante abandonar a política perdendo uma campanha – a da reeleição – e tem feito o possível para não deixar a administração municipal estolar de vez. O pior dos mundos seria perder justamente para o adversário que venceu com um discurso tipo “minha cidade está muito descuidada e precisa de mim”.

É por aí que o martelo da aliança Omar-Eduardo-Amazonino está batido.

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