Saia mais cedo de casa, a Cigás está solta outra vez

Cuidado, nesta terça-feira (18/05), ao sair de casa para o trabalho, reserva de meia hora a uma hora a mais. Você pode esbarrar num caminhão, retroescavadeira ou mesmo numa barreira de contenção, que provocará engarrafamento no trânsito. A Prefeitura liberou a Cigás e obra da Cigás é sinônimo de problema no trânsito. Oposição à troca da matriz energética do óleo combustível para o gás? De jeito nenhum. É indignação.Indignação com a falta de cuidado de uma empresa que entrou no negócio por R$ 1, rendeu uma grana para os sócios e envolvidos no negócio, antes mesmo de operar a primeira gota de gás, e atrapalha a vida de todos por pura falta de interesse, coordenação ou competência. Indignação porque o gasoduto Coari-Manaus, obra bilionária, precisou atravessar rios, charcos e floresta, mas chegou a Manaus antes que esse trabalho, comparativamente minúsculo, de levar os tubos da Refinaria de Manaus às estações geradoras da Amazonas Energia fosse concluído.

Há uma empresa responsável por fiscalizar a Cigás, que já devia ter sido descredenciada pelo mais absoluto e claro rompimento do contrato. Afinal, a Cigás foi alvo de ação do Ministério Público e dava a impressão de que levaria por tempo indeterminado as obras na cidade, não fosse a intervenção do próprio prefeito de Manaus, que interditou o canteiro de obras nas últimas semanas.

O mínimo que se exige, agora que a colocação dos tubos está amarrada por compromissos de seriedade de todos os lados, é que os transtornos ao trânsito comecem e terminem num lugar, para então começar no outro; que quando um lugar for deixado para trás fique asfaltado e pronto para ser utilizado pelo tráfego, sem maiores transtornos; que o prazo do dia 3 de agosto para conclusão do serviço seja cumprido, finalmente, e não se faça mais a brincadeira com a cidade que foi o descumprimento do prazo de 20 de dezembro de 2009.

Respeito. Nem Cigás, nem qualquer outro serviço, por mais essencial que seja, pode ser executado virando as costas para todo o resto. Principalmente quando esse “resto” é o principal, a população, o povo – aquela massa que, entre outras coisas, é quem paga a conta, para que empresas como essa possam fazer o papel que lhes cabe na sociedade.

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Comentários

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  1. concursando disse:

    Sr. Blogueiro
    Solicito ajuda para corrigir uma ilegalidade.
    A prefeitura de Manaus lançou um edital com várias vagas, entre elas o cargo Analista Municipal, especialidade Direito e infringiu o princípio da legalidade, pois exigiu no edital o pré-requisito não constante na lei de criação do cargo,publicada em abril de 2010, a carteira da Ordem do Advogados do Brasil, dessa forma muitas pessoas deixaram de se inscrever por não possuirem tal requisito.
    Dessa forma, solicito sua interveniência para suspender a realização de tal prova no domingo (23/5/2010) e requisitar a abertura das inscrições para tal cargo sem a exigência ilegal da carteira da Ordem.

  2. ANDRADE disse:

    A grande questão não e a parada da obra, mas sim, como esta está sendo construída e se está obedecendo as normas nacionais e internacionais, que estabelecem vários critérios para construção e montagem de gasodutos urbanos, que são, bem diferentes dos gasodutos rurais como o de Coari-Manaus. O gasoduto urbano requer um cuidado maior no processo construtivo como por exemplo a concretagem de 10 cm de espessura no mínimo, acima dos 30 da geretriz superior do duto e faixa de sinalização, o que não está sendo realizado. Só Inspetores de soldagem e de dutos credenciados pela Fundação Brasileira de Soldagem-FBTS, qualificados dentro das normas e reconhecidos, podem executar a obra. O que se sabe é que estes profissionais estão sendo pressionados pela CIGÁS e Heca a realizar a obra fora do padrão destas normas. Sabe-se que o gasoduto está instalado nas vias coletoras principais da cidade e irá operacionalizar com grandes pressões para atender a demanda das térmicas. A falta de uma fiscalização mais preparada e imparcial pode provocar riscos maiores a população que trafega por essas avenidas agora e no futuro com ocorrências até de explosão da linha.

  3. Ciça Farias disse:

    Pois é, meus amigos, minha preocupação é a mesma de Andrade, na mensagem anterior. Esses funcionários estão aptos a desenvolver tais procedimentos. Pelo observado, está ocorrendo (como sempre em Manaus), trabalho nas “coxas”. Fica a nossa preocupação, em relação a explosão da linha!!

    Fora o asfaltamento que é muito ridículo? Onde está o setor público que não vê isso?? Na extensão da Darcy Vargas, por exemplo, próx à padaria Pãozinho, parece que estamos em um rali. A pista está tão inclinada que ficamos receosos de trafegar nesta via.