Gostar não é só ter um animal, mas cultivar a ‘posse responsável’

Erika Schloemp, coordenadora da lista “cachorreiros de Manaus” e presidente do Grupo de Proteção aos Animais (GPA) – a quem devo desculpas, por não ter visto o e-mail antes –, envia-me relato de um cos casos de pessoas que a procuram e acabam confessando falha na chamada “posse responsável” de animal. Sim, gostar de um animal não é apenas tê-lo e oferecer alguns momentos de atenção. É preciso ser responsável por ele também. Veja a íntegra da nota enviada pela Erika:
“Há poucos dias, recebi a visita de um rapaz que me relatou que seu cachorro havia sido envenenado. Estava revoltado e queria justiça. Expliquei para ele que, para denunciar na Delegacia Especializada do Meio Ambiente, era necessário ter o nome e endereço do acusado.
Para piorar, ele me falou que era um “serial killer” quem estava matando os cachorros na rua do condomínio dele. Falei da lei de crimes ambientais e da punição severa do assassino, caso ele fosse identificado. Mas então, conversando mais calmamente, soube que o rapaz saía para o trabalho e deixava o cachorro solto, com acesso livre para a rua (o cachorro atravessava a grade do portão). A famosa “voltinha”.
Mais um cão desasistido para as estatísticas de Manaus. Ai ai ai… Pessoal, são tantos perigos lá fora! Vocês não imaginam! Uma simples voltinha pode resultar não só em mais cachorrinhos vindos ao mundo, mas também na morte do seu querido animal.
Isso é contra todos os princípios de posse responsável. Imaginem os perigos: doenças (dermatoses, venéreas e “OSES mil”), parasitas, envenenamento, atropelamento, ataques de outros cães, maus-tratos por parte de pessoas, rapto etc….
Não custa nada repetir: LUGAR DE CACHORRO É NA SEGURANÇA DE CASA. Portanto, nada de voltinhas sem acompanhamento do dono, ok?
Os animais domésticos são responsabilidade exclusiva do seu guardião. Quem não quiser ter responsabilidade, por favor, não tenha nenhum animal.”
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